Bancários conseguem proposta maior; assembleia decide sobre greve na 4ª

São Paulo – A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou na manhã desta segunda-feira (11) uma nova proposta salarial ao comando nacional dos bancários, que pode pôr fim à greve nacional […]

São Paulo – A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou na manhã desta segunda-feira (11) uma nova proposta salarial ao comando nacional dos bancários, que pode pôr fim à greve nacional da categoria, que já dura 13 dias.

A proposta do setor patronal inclui índice de reajuste de 7,5% (o que representa aumento real de 3,1%, descontada a inflação dos 12 meses entre setembro de 2009 e agosto deste ano) para quem ganha até R$ 5.250. Para salários superiores, a proposta prevê um valor fixo de R$ 393,75 ou reajuste de 4,29% (inflação do período) – o que for maior.

Assembleia está marcada para as 18h30 desta quarta-feira (13).

Para os empregados da Caixa, será na Quadra dos Bancários na rua Tabatinguera, 192. De bancos privados, no Centro Trasmontano na mesma rua, no número 294.
Já os funcionários do Banco do Brasil, no Espaço Hakka (R. S. Joaquim, 460, auditório do 1º andar, metrô São Joaquim).

A proposta também melhora a participação nos lucros ou resultados (PLR) e valoriza o piso salarial da categoria. Até o início da noite da segunda-feira, o comando ainda negociava questões específicas dos bancos públicos – Banco do Brasil e Caixa Ecônomica Federal. 

Há ainda cláusulas específicas de caráter não econômico, como as que tentam conter o assédio moral nos locais de trabalho e a cobrança abusiva de metas de produtividade para os funcionários, e também as que dizem respeito à segurança dos bancários e clientes nas agências.

As propostas podem levar ao encerramento da greve dos bancários, a mais forte já deflagrada pela categoria em 20 anos, segundo cálculos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT).

“Esses avanços na proposta dos bancos são resultado direto da força da greve nacional dos bancários, principalmente nos bancos privados”, avaliou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do comando nacional.