Professores: negociação com secretário de educação de SP não avança
De acordo com secretário da Educação do Estado, reposição salarial depende de negociação com Secretaria da Casa Civil ou da Fazenda. Outras reivindicações serão analisadas
Publicado 14/04/2010 - 16h18
São Paulo – A primeira reunião entre professores da rede pública de ensino de São Paulo e o secretário estadual de Educação, Paulo Renato de Souza, após a suspensão da paralisação que durou um mês, terminou na terça-feira (14) sem avanços.
Paulo Renato disse aos professores que a Secretaria de Educação não tem competência para decidir sobre reajuste salarial. Outras reivindicações das entidades representativas da categoria serão analisadas, prometeu o secretário.
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A indicação de Paulo Renato é que os professores procurem as Secretarias da Casa Civil e da Fazenda para negociar reajuste salarial. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), estranhou o fato e insistiu com o secretário: “salário também faz parte da política de valorização profissional dos professores”. A Apeoesp encaminhou na própria terça pedido de audiência às secretarias.
Para reposição dos dias parados, a Apeoesp propôs um cronograma com pagamento dos professores à medida que as aulas forem repostas, mesmo que seja necessária folha suplementar para garantir o pagamento. O secretário já sinalizou que só haverá pagamento dos dias parados, após reposição.
A entidade também propôs ao secretário, garantir aos professores da categoria “O” que obtiveram mais de 50% de acerto na prova de admissão de temporários participação na atribuição de aulas durante o ano e não ter de fazer nova prova.
Mudanças no caráter dos concursos públicos do magistério também entraram na lista de consultas e possíveis respostas de Paulo Renato. A Apeoesp pediu que os concursos deixem de ter caráter eliminatório e passem a ser classicatórios. Segundo o secretário, em 2011 haverá novo concurso para professores.