Por piso nacional, professores de MG entram em greve

Professores mineiros reivindicam R$ 1.312 de salário. Estado ofereceu 10% de reajuste

São Paulo – Professores da rede pública de ensino de Minas Gerais decidiram entrar em greve, na quinta-feira (8), durante assembleia realizada no pátio da Assembleia Legislativa em Belo Horizonte (MG). O governo do estado chegou a apresentar proposta de 10% de aumento, mas os trabalhadores decidiram manter a decisão de paralisação por tempo indeterminado, por considerar a proposta insatisfatória.

Segundo a direção do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG),  o reajuste salarial de 10% anunciado pelo ex-governador Aécio Neves, que renunciou ao cargo para candidatar-se ao Senado, não modifica os salários recebidos pelos profissionais da educação.

“Ao contrário do que foi divulgado pelo Governador, atualmente temos um teto salarial e não piso salarial”, diz a coordenadora geral do sindicato, Beatriz Cerqueira. “O valor de R$ 935 corresponde ao total da remuneração, ou seja, a um teto salarial. Minas Gerais tem o 8º pior salário do país. Esta situação é vergonhosa”, completa.

Durante a assembleia que decidiu pela paralisação, a professora Rosalina Ferreira disse ao Brasília Confidencial que não via motivos para comemorar o reajuste concedido pelo governador Aécio Neves poucos dias antes de renunciar ao cargo. “Com o aumento, meu salário subiu para R$ 372. Esse governo ainda tem coragem de exibir, diariamente, propaganda na TV alardeando conquistas que não existiram”, afirmou.

Os trabalhadores reivindicam a implementação do Piso Salarial Profissional Nacional de R$ 1.312, em valores atuais.