Professores de SP e governo iniciam negociação nesta 3ª

Depois de encerrar greve de um mês, docentes da rede estadual acreditam em mesa permanente de discussão

São Paulo – Os professores da rede pública estadual de São Paulo reúnem-se na manhã desta terça-feira (13), com o secretário Estadual de Educação, Paulo Renato de Souza, para discutir as reivindicações do professorado paulista. De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a expectativa é de criação de uma mesa permanente de negociações.

Na quarta-feira (7), Paulo Renato afirmou aos professores em greve que só negociaria com o fim da paralisação. Um dia depois, na quinta (8), os docentes decidiram em assembleia suspender a greve até o dia 7 de maio, quando realizam novo encontro para avaliar se houve avanços na negociação com o governo. 

Reivindicações

  • reajuste imediato de 34,3%;
  • incorporação de todas as gratificações e extensão aos aposentados, sem parcelamento;
  • contra o provão dos ACTs;
  • contra a avaliação de mérito;
  • pela revogação das leis 1093, 1094, 1097;
  • por um plano de carreira justo;
  • concurso público de caráter classificatório

No período da tarde, os professores acompanham na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) votação de projeto de lei 08/2010, de autoria do ex-governador José Serra, que incorpora a Gratificação por Atividade de Magistério (GAM) ao salário dos professores em três parcelas. Segundo a Apeoesp, a incorporação tem impacto de 0,2% no salário-base, nos dois primeiros anos, e de 0,26% no último ano, em 2012. Os professores aposentados, que não recebem a gratificação, também teriam incorporação em três etapas de 5% ao ano. 

Cálculos do sindicato indicam que, em 2012, a incorporação da GAM em parcelas vai representar um aumento de 0,27% no salário-base de um professor de Educação Básica I, que trabalhou 24 horas semanais. “Em vez de reajustar os nossos salários, o governo insiste na política de bônus que, na sua oitava edição, não foi capaz de melhorar a educação”, informou a entidade.

Os professores pedem a incorporação da GAM em uma única parcela para professores da ativa e aposentados. “Vários professores aposentados já ganharam na Justiça, em ação movida pela Apeoespm o direito à incorporação total da GAM em seu salário; ou seja, o montante total de 15%”, cita o sindicato.