Professores de SP vão à Justiça contra agressões da PM

Docentes promovem nova assembleia nesta quinta (8), quando a greve completa um mês. É a quarta manifestação dos servidores

Na manifestação de 26 de março, Apeoesp aponta excessos da PM (Foto: Mauricio Morais)

São Paulo – Os professores da rede pública paulista planejam pedir indenização por danos morais ao estado de São Paulo. O motivo da ação são os excessos da polícia na repressão à manifestação de professores da rede pública paulista no dia 26 de março. Fora da capital, a Polícia Militar é acusada de ter agredido professores durante manifestações nas cidades de Franco da Rocha, Itaquaquecetuba e Bauru.

O Sindicato do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) reclamam do tratamento recebido. “Diversos professores foram feridos com a violenta atitude da Polícia Militar, que covardemente utilizou vários instrumentos de repressão contra a categoria que, pacificamente, realizava manifestações”, afirma o boletim da entidade.

Em greve desde 8 de março, os professores promovem nova assembleia e manifestação nesta quinta-feira (8), na avenida Paulista. Será a quarta passeata em um mês de paralisação. Segundo o Brasília Confidencial, os docentes estudam acampar em frente à Secretaria da Educação até que o governo aceite negociar.

A nota da Apeoesp pede ainda aos professores feridos que busquem os advogados do sindicato para com procuração e declarações assinadas, holerite, prova da lesão sofrida (fotografia, laudo médico, exame de corpo de delito etc.), relatório e receituário médico, entre outros documentos.

A Apeoesp critica ainda o governo estadual de instruir diretores de escolas a ameaçar demitir os docentes que aderiram à paralisação. A “tentativa de intimidação aos professores grevistas” envolve comunidado formal aos professores alertando para o risco de processo administrativo por abandono de função caso haja mais de 15 dias consecutivos de ausências. A orientação dos sindicalistas é que os comunicados sejam respondidos com uma declaração também formal de greve.

Com informações do Brasília Confidencial