Piloto de helicóptero com funcionários da Petrobras morre em acidente na Bahia
Aeronave havia saído de Salvador e se dirigia à plataforma de Manati, na baía de Camamu, no sul do estado, e fez pouso forçado no mar
Publicado 16/03/2022 - 20h32
São Paulo – O piloto de um helicóptero com funcionários da Petrobras que havia saído de Salvador e se dirigia à plataforma de Manati, na baía de Camamu, no sul da Bahia (a 190 quilômetros da capital baiana), morreu durante pouso forçado da aeronave na manhã desta quarta-feira (16). O Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-Bahia) vai participar da comissão de investigação do acidente.
A vítima não teve a identidade divulgada. Segundo a Líder Aviação, empresa responsável pelo helicóptero, havia 11 passageiros e dois tripulantes a bordo, incluindo o copiloto, que ficaram feridos no acidente, mas estão fora de perigo. Com ferimentos leves, segundo a Petrobras, foram socorridos e levados aos hospitais Aliança, São Rafael, Cárdio-Pulmonar e Tereza de Liseux, em Salvador.
Segundo o sindicato, o helicóptero vindo de Salvador foi obrigado a pousar no mar, já próximo à plataforma. O piloto foi socorrido por uma embarcação que estava nas proximidades, mas não resistiu aos ferimentos. Os outros 12 passageiros – trabalhadores próprios e terceirizados da Petrobras – foram resgatados pelo grupamento aéreo da Polícia Militar (Graer).
Acordo coletivo
Devido ao acordo coletivo de trabalho dos petroleiros, o Sindipetro-BA tem lugar assegurado na Comissão de Investigação e Análise do Acidente que será criada pela Petrobras. Um dos diretores do sindicato será o representante da entidade no colegiado.
O coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e diretor do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, critica a direção da estatal por tratar um acidente com vítima como “incidente”. “Isto mostra a insensibilidade da atual gestão da empresa com as pessoas, com a família do trabalhador vitimado e com os seus próprios funcionários que estavam no helicóptero”, disse.
A FUP e o Sindipetro vêm cobrando medidas de segurança em todas as instalações e unidades da estatal, reivindicando medidas protetivas, individuais ou coletivas, e o fortalecimento do papel da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), a qual, segundo a FUP, perdeu espaço na atual gestão da estatal.