São Paulo – Após quase 12 horas de reunião na quinta-feira (10), a Petrobras apresentou formalmente nesta sexta (11) uma nova proposta de acordo para tentar evitar greve na empresa a partir do próximo dia 16. A paralisação já foi aprovada nas assembleias. A oferta passou de 9% para 10,71% de reajuste, o que segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP) representa aumento real (acima da inflação) de até 3,25%. A fórmula apresentada inclui abono equivalente a 100% da remuneração bruta ou piso de R$ 6 mil, o que for maior. O Conselho Deliberativo da FUP – que reúne representantes da federação e dos sindicatos filiados – está reunido para avaliar a proposta, e não há previsão de término do encontro.

Pela manhã, ainda havia expectativa sobre o desfecho da negociação. A reunião de quinta começou às 10h30, foi retomada às 14h30 e terminou por volta de meia-noite. “Houve avanços. A gente aguarda a formalização”, afirmou o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, antes que a Petrobras oficializasse a proposta.

Segundo ele, além de melhoria na questão econômica, a expectativa é de que haja uma discussão mais aprofundada em relação a questões relacionadas a saúde e segurança no trabalho. “Ponderamos muito sobre a questão ambiental”, disse Moraes.

Ainda na tarde desta sexta, será realizada a reunião do Conselho de Administração da Petrobras – que também pode avaliar as negociações sindicais e discutir formas de evitar a paralisação. À noite, a empresa anuncia os resultados do terceiro trimestre. No primeiro semestre, a companhia teve lucro líquido de R$ 21,9 bilhões, 37% acima de igual período de 2010.