Para CUT, fala de presidenta foi a mais importante de seu governo
Vagner Freitas, presidente da central, Dilma exibe diferença de projetos em relação a Aécio e Campos. Antônio Neto (CSB) vê conservadorismo em ambos. Para Adilson Araújo (CTB), discurso 'dá ânimo'
Publicado 01/05/2014 - 13h15
São Paulo – O presidente da CUT, Vagner Freitas, considerou o pronunciamento feito ontem (30) pela presidenta Dilma Rousseff como “o mais importante” de seu governo. “Ela deixou claro o campo em que atua”, afirmou Freitas, durante a manifestação de 1º de Maio no Vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo. Os dirigentes das centrais que organizam o evento (CUT, CTB e CSB) avaliaram positivamente as declarações de Dilma, e esperam que a pauta das centrais avance no Congresso.
“Demonstra claramente (o pronunciamento) que o Brasil tem dois projetos”, acrescentou o presidente da CUT. “O dela é o do desenvolvimento e o de Aécio (Neves) e Eduardo Campos, o do atraso.” Ele elogiou a “sensibilidade” de Dilma de “entender que a tabela do Imposto de Renda é voraz com os trabalhador”. “Algumas de nossas pautas foram atendidas. Faltam a redução da jornada e o fim do fator previdenciário”, disse Freitas, citando outros itens da chamada agenda sindical.
O presidente da CSB, Antônio Neto, destacou que agora a sociedade tem a chance de saber que a presidenta tem compromisso com a pauta dos trabalhadores. “Os governos anteriores, em que pese a inflação alta, nunca corrigiram a tabela.”
Para ele, entre outras candidaturas há um conteúdo conservador, ainda que nem sempre isso transpareça no discurso. “Seus teóricos são contrários (a políticas sociais). São economistas privatistas e neoliberais.”
Na avaliação do presidente da CTB, Adilson Araújo, o discurso de Dilma dá “ânimo” para que o movimento sindical possa continuar pressionando o Congresso. “Esse pronunciamento precisa ser materializado na prática. O governo dá uma sinalização importante. Mas as coisas não vão acontecer gratuitamente. Não tem sido assim.” Ele observou que havia a expectativa, entre as centrais, de que a presidenta se manifestasse em defesa do salário mínimo e da valorização do trabalho. “Seria ruim se não acontecesse.”
O público continua chegando ao Anhangabaú. Neste momento, é realizada uma apresentação teatral. Um ato político está previsto para as 16h. As atividades devem se estender até as 20h. O tema principal do encontro é a “democratização dos meios de comunicação”.
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