Mudanças na MP dos Portos abrem negociação entre governo e centrais
São Paulo – Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o diretor-técnico do Dieese Clemente Ganz Lúcio comentou o andamento das discussões entre trabalhadores e governo acerca dos pontos ainda não […]
Publicado 14/03/2013 - 17h34
São Paulo – Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o diretor-técnico do Dieese Clemente Ganz Lúcio comentou o andamento das discussões entre trabalhadores e governo acerca dos pontos ainda não esclarecidos a MP 595, que trata da modernização dos portos. “É um conflito que não está resolvido a curto prazo. Deveremos ser criativos para aumentar a oferta portuária, garantir preços competitivos e impedir a precarização das condições de trabalho”, diz.
A vigência da MP dos Portos foi prorrogada por 60 dias em ato publicado no Diário Oficial da União, na segunda (11). Segundo Clemente Ganz, existe hoje um diagnóstico de estrangulamento do setor portuário nacional: “Não concorremos com outros portos no mundo, capazes de transportar mais mercadorias, com capacidade técnica mais adequada e, muitas vezes, com custos menores.”
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O diretor problematiza ainda as dificuldades de gerir os trabalhadores do setor. “São empresas e navios de diferentes países, o que faz os trabalhadores terem diferentes empregadores.” Ele afirma que a polêmica nas discussões entre o governo federal e as centrais sindicais se refere à possibilidade da MP aumentar o número de trabalhadores avulsos. “A MP cria uma zona sem muito esclarecimento. Isso pode fazer com que esse trabalhadores tenham de negociar diretamente suas condições de trabalho, em condições inferiores à negociação feita pelo órgão gestor.”
Ouça a entrevista completa no link abaixo: