São Paulo – O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Agência de Desenvolvimento Econômico da região assinaram carta de intenções com as empresas chinesas, Chery e Beijing Peak Automotive, que planejam fabricar ônibus elétricos e outros veículos. A assinatura ocorreu na semana passada e divulgada agora pela entidade. Recentemente, os metalúrgicos também firmaram memorando com a Sinomach.

“O compromisso de fazer investimentos deste porte na nossa região é uma ótima notícia, porque traz mais geração de empregos, renda, crescimento industrial e do comércio do ABC”, afirma o presidente do sindicato, Moisés Selerges. “São investimentos que vêm com os esforços dos metalúrgicos do ABC, das frentes parlamentares Brasil-China e Brics do Congresso Nacional e da IndustriALL-Brasil.”

Lugar estratégico

Presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico e da IndustriALL-Brasil (sindicato global dos trabalhadores na indústria), Aroaldo Oliveira da Silva reforçou a importância da aproximação com as empresas. “Essa relação e demonstração da possibilidade de investimentos da Chery e da Peak, além da Sinomach, mostra o quanto o ABC ainda é importante industrialmente e mostra o ABC como lugar estratégico para investimento industrial”, disse o também diretor do Sindicato dos Metalúrgicos.

“Temos um parque industrial consolidado, uma cadeia de fornecedores organizada, mão de obra qualificada e especializada, sistemas de governança que conseguem dar suporte para as empresas que estão na região, além de um espaço privilegiado com universidades, escolas técnicas e institutos de ciência e tecnologia que também podem dar esse suporte técnico para as empresas”, acrescentou Aroaldo.

No último dia 8, os dois sindicalistas estiveram em Caxias do Sul (RS), ao lado do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), visitando a Marcopolo. “Conversamos com o ministro Padilha sobre a importância da política industrial para o país. A Marcopolo é a maior fabricante de ônibus do mundo e fabrica ônibus elétricos, que nos interessa muito. Nosso país precisa ter uma transição do combustível fóssil para o elétrico e discutimos com a direção da Marcopolo sobre essa transição”, relatou Moisés. “A tecnologia demonstra o compromisso com a inovação e a sustentabilidade no setor de transporte, trazendo benefícios tanto para o meio ambiente quanto para a mobilidade urbana.”