Metalúrgicos de São José recorrem ao governo para evitar 1.500 demissões

Amanhã (18) representantes do Sindicato dos Metalúrgicos têm penúltima rodada de negociação, desta vez com representantes dos ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento

Metalúrgicos protestaram na manhã de hoje (17) contra as possíveis 1.500 demissões anunciadas pela GM (Foto: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos)

São Paulo – O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá afirmou hoje (17) que espera que o governo federal proíba a General Motors (GM) de demitir os aproximadamente 1.500 trabalhadores considerados excedentes pela empresa na unidade do Vale do Paraíba, interior paulista. Representantes da entidade vão se reunir amanhã (18) com a GM e com representantes dos ministérios do Trabalho e Emprego e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 

“Esperamos uma intervenção do governo da Dilma Rousseff para impedir as demissões. O governo aplicou uma serie de benefícios fiscais e a empresa não assume o compromisso de manter os trabalhadores”, afirmou o presidente. A reunião será às 9h, na sede local do Centro das Indústrias do Estado (Ciesp).

Antes disso, os trabalhadores irão fazer uma manifestação na porta da fábrica, durante a entrada do primeiro turno. Eles realizaram um primeiro ato na manhã de hoje, em parceria com a Associação Comercial e Industrial da cidade.

A primeira reunião, realizada ontem (16), terminou sem acordo. Segundo o sindicato, as demissões estão previstas para ocorrer a partir do dia 26, quando termina o lay-off (suspensão do contrato de trabalho) de 970 metalúrgicos. As dispensas seriam uma decorrência do fechamento do setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA), onde é feito o modelo Classic, cuja produção será transferida para a Argentina.

A assessoria de imprensa da GM afirmou que não irá se pronunciar sobre o resultado da reunião de ontem. De acordo com a assessoria, a empresa não falou em demissões, mas em um excedente de 1.800 trabalhadores, comunicado ao sindicato em agosto passado. Desde então, em torno de 300 aderiram a um programa de demissão voluntária (PDV). Haverá ainda uma reunião na próxima quarta-feira (23).