Mercado aquecido faz montadoras postergarem recesso de fim de ano

São Bernardo do Campo – As férias coletivas dos funcionários das montadoras devem ser adiadas em função da alta demanda no setor de veículos neste ano.  Para aproveitar o último mês […]

São Bernardo do Campo – As férias coletivas dos funcionários das montadoras devem ser adiadas em função da alta demanda no setor de veículos neste ano.  Para aproveitar o último mês de isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), em dezembro, algumas montadoras e fornecedores de autopeças já decidiram transferir as férias coletivas de seus funcionários para os primeiros meses de 2013. “Essa movimentação é um arranjo natural”, disse Cledorvino Belini, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). 

A Ford informou que as linhas de produção de suas fábricas em São Bernardo, e em Camaçari, na Bahia, não irão parar em dezembro. A Fiat e a General Motors disseram estar estudando a possibilidade.

Tradicionalmente, por causa das festas de final de ano, as empresas param as suas atividades a partir da segunda quinzena de dezembro.

A mudança neste ano decorre da alta expectativa da indústria sobre as vendas de novembro e de dezembro. “Além do IPI, há o impacto do 13º salário e também já se sente a melhora no PIB”, afirma Belini.

Ainda de acordo com Belini, quase todas as montadoras estarão habilitadas pelo governo para operarem dentro das regras do Novo Regime Automotivo (Inovar-Auto), em 1º de janeiro de 2013, ou seja, poderão ter uma alíquota do IPI até 30 pontos porcentuais menor. “Algumas já foram habilitadas e esperamos que até lá todas estejam, se não, será duro pagar 30 pontos de IPI”, disse.

O presidente da Anfavea avaliou que com o aumento da tecnologia e da eficiência energética previsto até o final de 2017, “todos os produtos brasileiro serão colocados no mesmo nível internacional”. No entanto, Belini admitiu dificuldades para que as companhias cumpram a meta de redução até 18,8% no consumo, prevista para o início de 2018. “Não há tecnologia (de eficiência energética) no mundo ainda, mas temos anos à frente para pesquisa e desenvolvimento e chegaremos lá”, concluiu.