Entidades internacionais pressionam bancos por diálogo com trabalhadores em greve

(Foto: Divulgação) São Paulo – Os bancários receberam nesta quarta-feira (6) apoio de entidades internacionais, como a UNI Américas e União dos Trabalhadores das Comunicações da Colômbia (USTC). A greve […]

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São Paulo – Os bancários receberam nesta quarta-feira (6) apoio de entidades internacionais, como a UNI Américas e União dos Trabalhadores das Comunicações da Colômbia (USTC). A greve da categoria completou oito dias, ainda sem propostas da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O número de agências fechadas chegou a 7.723, em todo o país.

Em carta enviada à Fenaban, a UNI – entidade sindical internacional – defende a necessidade de os bancos apresentarem propostas e buscarem a negociação de salários e condições reivindicadas pela categoria. “Esperamos pelo retorno das negociações o mais rapidamente possível e que a solução possa surgir deste diálogo”, afirma o presidente da entidade, Raul Requena.

O documento endossa críticas da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que teve demandas como discussão sobre saúde e condições de trabalho e aumento no pagamento da participação nos lucros ou resultados (PLR) negadas pelos empregadores.

O uso de violência e práticas antissindicais também foram criticadas pela USTC, que pediu respeito aos trabalhadores e à prática do direito da greve, previsto em Constituição. Os sindicatos acusam os bancos de recorrer a forças policiais para impedir o acesso dos sindicalistas aos locais de trabalho.

Reivindicações da categoria

  • 11% de reajuste salarial.
  • Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.
  • PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.
  • Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.
  • Previdência complementar em todos os bancos.
  • Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.
  • Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização via correspondentes bancários.
  • Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.
  • Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.