Greve dos bancários chega ao décimo dia

A estimativa é de que 37,5 mil trabalhadores estejam parados em São Paulo

(Foto: Caetano Ribas/Divulgação)

São Paulo – Os bancários completarão nesta sexta-feira (08) o décimo dia de greve nacional. O balanço é de que em São Paulo 667 agências e 17 centros administrativos estejam fechados até o momento. Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, não existem justificativas para que os banqueiros não aceitem as reivindicações e apresentem propostas favoráveis. “O lucro dos bancos aumentou 28% este ano. O Brasil está crescendo, a economia está forte. Ou seja, não pagam aumento real aos bancários, nem PLR, nem piso maiores se não quiserem”, afirmou.

Na quarta-feira (6), os bancários receberam apoio de entidades internacionais como a UNI América e a União dos Trabalhadores das Comunicações da Colômbia (USTC), que demonstraram rechaço à falta de diálogo entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e os trabalhadores.

Reivindicações da categoria

  • 11% de reajuste salarial.
  • Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.
  • PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.
  • Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.
  • Previdência complementar em todos os bancos.
  • Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.
  • Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização via correspondentes bancários.
  • Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.
  • Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.