Apelo

Centrais pedem que Doria garanta suspensão da reintegração de posse no Sindicato dos Metroviários

Dirigentes haviam conseguido prazo de 90 dias para negociar, mas pedido de reintegração foi expedido na sexta-feira

Sind. Metroviários SP
Sind. Metroviários SP
Sindicalistas continuam resistindo à tentativa do governo estadual de tirá-los da sede da entidade, no bairro do Tatuapé

São Paulo – Presidentes de seis centrais sindicais encaminharam mensagem ao governador paulista, João Doria (PSDB), para que ele garanta a suspensão da reintegração de posse do terreno onde está instalado o Sindicato dos Metroviários. A área foi leiloada há quase dois meses, mas na semana passada o sindicato informou ter obtido prazo de 90 dias para tentar uma solução negociada.

Segundo a mensagem dos sindicalistas a Doria, em reunião com as centrais na última quinta-feira (5), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, “o governador assumiu compromisso e determinou a suspensão da reintegração de posse da sede do Sindicato dos Metroviários por 90 (noventa) dias, período em que se buscará uma solução negociada entre a entidade sindical e a direção do Metrô”. Apesar disso, no dia seguinte foi expedido o pedido de reintegração, que não foi retirado pelo secretário dos Transportes Metropolitanos ou pela direção da empresa.

Por isso, os dirigentes solicitaram ao governador para que tanto o secretário Alexandre Bady como a direção do Metrô “cumpram imediatamente a determinação do governo que suspendeu a reintegração de posse da sede”. E acrescentam que “é extremamente prejudicial que, sob qualquer pretexto”, essa decisão não esteja sendo cumprida. O sindicato está instalado na rua Serra do Japi, no Tatuapé, zona leste.

A carta para Doria é assinada por Adilson Araújo (CTB), Sérgio Nobre (CUT), Miguel Torres (Força Sindical), Ricardo Patah (UGT), José Reginaldo Inácio (Nova Central) e Antonio Neto (CSB).