Ameaça

Justiça cassa liminar, e metroviários de São Paulo tentam manter sede do sindicato

Com a decisão, prazo para desocupação caiu de 30 para cinco dias e vence na próxima terça-feira

Paulo Iannone/Sind. Metroviários
Paulo Iannone/Sind. Metroviários
Metroviários continuam se organizado para defender a sede do sindicato, construída há 30 anos no bairro do Tatuapé

São Paulo – Com decisão judicial que reduziu prazo para desocupação da sede, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo promoverá uma live na próxima segunda-feira (26), às 18h, para discutir formas de resistência. O governo estadual leiloou o terreno onde fica a entidade, no Tatuapé, zona leste da capital. Construído com colaboração da categoria, o prédio foi inaugurado em 1990. A área havia sido cedida em comodato.

Os metroviários haviam obtido uma liminar que garantia 30 dias de prazo para desocupação da sede. No entanto, ontem (22), segundo o sindicato, a juíza Luiza Barros Rozas, da 13ª Vara da Fazenda Pública, cassou a liminar, restabelecendo prazo de apenas cinco dias. Assim, o prazo vai até terça-feira (27).

“Essa é mais uma etapa da guerra que Doria e a direção do Metrô declararam aos metroviários”, afirma o sindicato dos metroviários de São Paulo. “Exigem a saída imediata da sede, apesar da pandemia. Mais uma ação autoritária e antissindical.” A entidade também contesta a alegação de crise financeira. “Dinheiro não falta e o Metrô repassou, em março, R$ 1 bilhão para a concessionária CCR.”

Além disso, os representantes dos trabalhadores lançaram suspeita sobre o processo e pediram investigação. Na live da próxima segunda, a entidade também vai discutir a campanha salarial. A Justiça do Trabalho considerou não abusiva a greve realizada em maio e fixou reajuste salarial. Por enquanto, não há informação de que o Metrô tenha recorrido da sentença.


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