Bancários avaliam ampliação da greve nesta terça-feira

Objetivo da categoria, parada há 14 dias, é forçar os bancos a apresentar nova proposta

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região reiterou que a categoria está aberta ao diálogo e que não aceitará retaliação aos funcionários (Foto: Divulgação/ SEEB ABC)

São Paulo – Diante do impasse nas negociações com os banqueiros, o Comando Nacional dos Bancários vai se reunir nesta terça-feira (11) para avaliar o movimento grevista e criar estratégias para ampliá-lo. O objetivo da categoria, parada há 14 dias, é que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) retome as negociações com apresentação de uma proposta mais próxima da reivindicação inicial.

Os bancários pedem reajuste de 12,8% – que representa 5% de aumento real mais a inflação do período –, valorização do piso salarial, participação nos lucros ou resultados (PLR) maior, e cláusulas sociais, como o combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, segurança, fim da rotatividade e igualdade nas oportunidades.

Segundo o último balanço realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), 8.951 agências e diversos centros administrativos estão parados em todo o país. A intensificação da greve se deve à insatisfação ante a última proposta da Fenaban de reajuste de 8%, representando 0,56% de aumento real. Desde então, nenhuma reunião foi feita. Procurada pela Rede Brasil Atual, a assessoria da federação afirmou que nenhuma negociação está programada.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (10), o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região reiterou que a categoria está aberta ao diálogo e que não aceitará retaliação aos funcionários. “A Campanha Nacional Unificada pode ser tranquilamente resolvida se os banqueiros deixarem de lado a intransigência e voltarem a negociar. E se o governo orientar os bancos públicos a também voltar à mesa de negociação.”

A presidenta da entidade, Juvandia Moreira, destacou que a mobilização deve seguir “cada vez mais forte” ante o impasse. “Não aceitamos nenhuma forma de retaliação dos bancos, sejam eles públicos ou privados. Nossa greve é legítima, justa e só está ocorrendo porque as instituições financeiras ainda não apresentaram proposta que valorize de fato os funcionários.”