Deputados assumem e tucano é reconduzido à presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo

A posse ocorre com 45 dias de defasagem em relação às casas legislativas do restante do país. Iso ocorre por uma peculiaridade da constituição estadual, que prevê a data divergente […]

A posse ocorre com 45 dias de defasagem em relação às casas legislativas do restante do país. Iso ocorre por uma peculiaridade da constituição estadual, que prevê a data divergente (Foto: Divulgação/Alesp)

São Paulo – Os 94 deputados estaduais de São Paulo assumiram seus mandatos na 17ª legislatura da Assembleia Legislativa. Após a posse, o presidente da Casa, Barros Munhoz (PSDB) foi reconduzido ao cargo para o biênio 2011/2013. Ele teve 92 votos, contando inclusive com apoio de parlamentares da oposição.

O resultado era esperado, por causa de uma articulação realizada entre praticamente todas as legendas. O PT apoiou a costura e fica com a primeira-secretaria, responsável pelas finanças e pelos recursos humanos. Rui Falcão será o titular do cargo. Carlos Gianazzi (PSOL) votou em si próprio.

A posse ocorre com 45 dias de defasagem em relação às casas legislativas do restante do país. Isso ocorre por uma peculiaridade da constituição estadual, que prevê a data divergente.

A cerimônia teve a convocação individual e nominal de cada deputado. Do total, 60 parlamentares foram reeleitos. Apesar de o PT ter a maior bancada, com 24 deputados, a oposição reúne apenas 28, quatro a menos do que o necessário para protocolar um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O PMDB, com cinco deputados, não se definiu oficialmente, mas provavelmente não se unirá à oposição.

O vice-governador, Guilherme Afif Domingos, entregou a mensagem do governador Geraldo Alckmin sobre a situação do estado. O segundo secretário da Mesa, deputado Aldo Demarchi, fez a leitura do resumo da mensagem do governador.

Munhoz defendeu uma autonomia maior da Assembleia. “Vamos organizar uma luta com as assembleias do Brasil junto ao Congresso Nacional (por mais autonomia)”, propôs. “Todo mundo lembra só das ações de legislar e fiscalizar o Executivo, mas precisamos representar mais a população, aproximá-la da Assembleia”, acrescentou.

O controle pelo Executivo estadual é uma das críticas recorrentes, especialmente por parte da oposição. Por ter uma maioria ampla, o governador consegue aprovar os projetos de seu interesse e barrar a maior parte dos pedidos de CPI para investigar a gestão. No início da legislatura passada, aliados do então governador José Serra (PSDB) apresentaram inúmeros pedidos de investigação com essa finalidade.

Colaborou Suzana Vier

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