Congresso da UNE comemora 50 anos de ‘Cadeia da Legalidade’

São Paulo – A União Nacional dos Estudantes realiza desde esta quarta-feira (13), em Goiânia, o 52º Congresso Nacional da Une (Conune), que deve reunir 10 mil jovens de todo […]

São Paulo – A União Nacional dos Estudantes realiza desde esta quarta-feira (13), em Goiânia, o 52º Congresso Nacional da Une (Conune), que deve reunir 10 mil jovens de todo o Brasil e da América Latina. O destaque da programação é o II Encontro Nacional do Programa Universidade para Todos (ProUni), que deve contar com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Educação, Fernando Haddad.

A participação de Lula ocorre apenas na manhã desta quinta-feira (14). O ProUni, criado em 2004, alcança 1 milhão de bolsas concedidas para universitários de baixa renda neste ano.

No congresso devem ser discutidos os rumos do movimento estudantil para os próximos dois anos. As atividades ocorrem até este domingo (17) e concentram-se nos campi da Pontíficia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e na Universidade Federal de Goiás (UFG).

A solenidade de abertura homenageia o aniversário de 50 anos da “Cadeia da Legalidade”, que garantiu a posse do presidente João Goulart em 1961. A articulação após a renúncia de Jânio Quadros teve participação do movimentou estudantil. No evento, o deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ), substituirá seu avô, Leonel Brizola, morto em 2004, um dos personagens daquela passagem da história do país.

Educação e Comissão da Verdade

No Conune, haverá debates sobre financiamento de universidades públicas, democratização do ensino brasileiro e valorização dos profissionais de ensino. Com o tema “Educação tem que ser 10! 10% do PIB para educação!”, uma marcha reivindica mais verba para a área. Além de cobrar a aplicação de um décimo do valor do Produto Interno Bruto (PIB), eles pedem que 50% da arrecadação de royalties do petróleo da camada Pré-Sal seja destinado à educação pública.

Outro tema em pauta é a defesa da Comissão da Verdade, em discussão no Congresso Nacional. Depois de instalada, a comissão teria como objetivo esclarecer casos de violação de direitos humanos ocorridos no período da Ditadura Militar. Estará presente no ato, a presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS). Foram convidados o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Até o fechamento desta matéria, ambos ainda não haviam confirmado presença.