São Paulo – O governo federal economizou R$ 380 milhões, de 2003 a 2008, ao adotar softwares livres e de código aberto em computadores do setor público. Os dados a respeito do montante poupado com aplicativos de computador que podem ser usados gratuitamente são do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Segundo o coordenador do Programa de Software Livre, Paulo Pastore, nos últimos dois anos, essa economia pode ter dobrado.

“É um dinheiro que pode ser investido em outras áreas, na construção de hospitais, escolas, ou também pode ser reinvestido na contratação de mais gente para as áreas de tecnologia do governo”, avalia Pastore.

Esses resultados foram divulgados no 3º Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico, que ocorreu entre os dais 18 e 20 de agosto, e também discutiu o investimento no desenvolvimento de projetos na área de ciência e tecnologia.

O ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Sergio Rezende, destacou que o país avançou muito na área de ciência e tecnologia e que até o final de 2010 terá aplicado $ 41 bilhões no desenvolvimento de projetos desta área.

Censo da web

Os primeiros resultados do projeto Censo na Web.br, divulgados no dia 17 de agosto, mostram que a maioria dos sites governamentais, em torno de 60%, usam programas livres ou códigos abertos, enquanto o restante faz uso de plataformas proprietárias (softwares da Microsoft, por exemplo).

Na disponibilização de dados pelos sites, os arquivos de extensão “PDF” é o mais usado, à frente do de final “DOC” – ambos padrões proprietários. O “ODT”, formato aberto para documentos, é usado somente em 2%.

Em um ranking nacional, o Paraná é o estado que mais utiliza a internet para se comunicar com o cidadão.  O Censo Web diz que 17% dos sites de governo do Paraná possuem o domínio pr.gov.br. O número é superior ao apresentado por São Paulo e pelo governo federal, ambos com 14% de participação.

O estudo ainda mostra que 57% dos sites do governo pertencem às regiões Sul e Sudeste, que hospedam 40% das informações disponíveis aos cidadãos.

A iniciativa Censo na Web.br pretende traçar um perfil completo da rede no Brasil. O país é o primeiro a realizar um levantamento como esse.

Com informações da Agência Brasil