Ativista disse que execução e êxitos de programas brasileiros como o Bolsa Família são referência no mundo e ajudaram a mudar a visão da sociedade civil e do empresariado para o problema

Entre 2004 e 2014, o Brasil reduziu em 43,6% o número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. Um dos principais desafios do país no próximo período é promover políticas públicas voltadas aos jovens de 14 a 17 anos que estão fora da escola, pois se inseriram no mercado de trabalho precocemente. Às vésperas do Dia Nacional de combate ao trabalho escravo, que acontece nesta quinta-feira (28) , autoridades, entidades sociais e representantes do judiciário debateram o trabalho escravo e infantil, em São Paulo, com a presença do ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2014, Kailash Satyarthi.

Na visão do tribunal, o trabalho com carvão, junto com o trabalho em lixões e o trabalho doméstico, constitui uma das piores formas de trabalho infantil encontradas no Brasil

Estado com maior número de casos foi o Rio de Janeiro, com 907 ocorrências, na faixa de 16 e 17 anos

Apesar da redução nos números nos últimos anos e das boas práticas brasileiras reconhecidas internacionalmente, o combate ao trabalho infantil ainda encontra desafios no país. A coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho, Maria Claudia Falcão revela que já não são mais as crianças os principais alvos do trabalho infantil no país e sim os jovens de 14 a 17 anos, que exercem atividades que não estão de acordo com a legislação trabalhista. Reportagem de Camila Salmazio.

Comitê municipal, que reúne representantes de trabalhadores, empresários, comerciantes, ambulantes e movimentos sociais, vai propor políticas públicas para o setor

Inscrições para o Prêmio Anamatra de Direitos Humanos vão até 30 de setembro. Projeto busca incentivar a aplicação dos direitos humanos em áreas trabalhistas de maior vulnerabilidade