COPACABANA

Em ato esvaziado, Bolsonaro e apoiadores repetem cantilena da extrema direita

Manifestação da extrema direita no Rio de Janeiro teve metade de adesão de ato realizado em setembro do ano passado no mesmo local e passou bem longe do ocorrido na Avenida Paulista em fevereiro deste ano

(Mara Lima/Assembleia Legislativa do Espírito Santo from Vitória-ES/arquivo)
(Mara Lima/Assembleia Legislativa do Espírito Santo from Vitória-ES/arquivo)

São Paulo – A extrema direita brasileira voltou às ruas neste domingo (21) em um ato esvaziado ocorrido em Copacabana, no Rio de Janeiro. Estimativas divulgadas no final da tarde davam conta de que o público presente foi metade do realizado em setembro do ano passado, no mesmo local, e não passou de 18% do que compareceu à Avenida Paulista algumas semanas antes. No palanque, Jair Bolsonaro e sua turma repetiram a surrada cantilena de vitimização e golpista.

De acordo com o “Monitor do debate político”, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto, pouco mais de 30 mil pessoas compareceram à manifestação. No dia 7 de setembro do ano passado, na mesma Copacabana, as estimativas eram de aproximadamente 65 mil pessoas. Já em São Paulo, em fevereiro, o cálculo foi de 185 mil presentes na Avenida Paulista (SP). Imagens que circularam nas redes sociais, comparando os dois atos na praia carioca, corroboraram com as medições.

Mais do mesmo

A manifestação começou por volta das 10h e, cerca de uma hora depois, Jair Bolsonaro foi ao microfone. Ex-presidente pediu salva de palmas para Elon Musk, dono do X, e que admitiu ter participado do golpe de estado contra Evo Morales, na Bolívia, em novembro de 2019. “Vamos dar golpe em quem quisermos! Lide com isso”, disse Elon Musk, em julho de 2020. Bolsonaro voltou a falar do caso da facada de 2018 e, acossado pela Justiça, repetiu que é vítima de perseguição. Coube a Silas Malafaia, um dos seus principais apoiadores, a tarefa de atacar a Justiça, em especial o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Houve também ataques ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comandantes militares, e à Rede Globo.

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