É isso mesmo: a saída é o meu programa de canibalismo sustentável
Tão falando muito aí contra canibalismo. Mas, se a carne for bem cozida, que mal tem? Será que é por isso que o feice censurou minha página
Publicado 08/10/2022 - 15h32
Diário, tão falando muita coisa aí contra canibalismo. Mas, se a carne for bem cozida, que mal tem?
Pode ser até a solução pro Brasil, pô!
É isso mesmo, a saída é o meu programa de canibalismo sustentável, o “Gente come gente”.
Até chamei o Guedes aqui pra me ajudar na matemática disso daí. Ele parou de fazer as contas da privatização das praias e veio na hora.
Acompanha nosso rassiossínio:
Não tem 33 milhões de pessoas com fome no Brasil? E a gente não tem uma população carcerária de 900 mil pessoas que só dá despesa?
Então, pra começar, a gente juntou essas duas coisas:
O peso médio de cada vagabundo deve ser de uns 75 quilos. Tirando osso e fígado (ninguém vai comer fígado, que eu não sou sádico, talkei?), devem sobrar uns 66 quilos.
Pelo meu programa, a gente vai dar dois hambúrgueres de cem gramas pra cada faminto por dia.
0,2 kg x 33 milhões = 6,6 milhões de quilos.
6,6 milhões de quilos/66 (peso médio do presidiário)= 100.000 presidiários.
Ou seje, a população carcerária do Brasil alimentaria todos os famintos do país por 9 dias. Nada mal, né? Pena que nessa aí eu perda uns amigos, tipo Flor de Lis, Pastor Everaldo e Roberto Jefferson. Mas tudo bem, eu também tenho que fazer algum sacrifício pra acabar a fome, talkei?
E o programa não acaba aí: no Brasil tem umas 220 mil pessoas vivendo na rua. Como eles são meio magrinhos, dá só mais dois dias de alimentação grátis.
Depois disso a gente pode comer os velhos com mais de 80 anos, que são 3 milhões. Carne meio dura, mas tudo bem. Mais 30 trinta dias sem fome.
Porém, o filé dessa teoria são as 4,4 milhões de crianças em extrema pobreza. Elas são meio pequenas, mas, pelas contas do Guedes, ia dar pra alimentar a turma por mais um mês.
Veje, Diário, em menos de três meses a gente acaba com a população carcerária, com os homens de rua, com a velharada e com as crianças remelentas que pedem esmola no farol.
Depois, se ainda tiver alguém com fome, a gente cozinha a indiarada, os invertidos, os caras das religiões erradas, os inimigos políticos etc…
Hum… Já tô até com água na boca…
Sabe o que eu vou querer, Diário? Isso mesmo: lula à dorê.