Servidores da saúde do Distrito Federal entram em greve, e hospitais funcionam com 30% do pessoal

(Foto: Divulgação / SindSaúde-DF) Brasília – Cerca de 2 mil servidores da área de saúde do Distrito Federal (DF) decidiram, em assembleia na manhã desta segunda-feira (27), entrar em greve […]

(Foto: Divulgação / SindSaúde-DF)

Brasília – Cerca de 2 mil servidores da área de saúde do Distrito Federal (DF) decidiram, em assembleia na manhã desta segunda-feira (27), entrar em greve por tempo indeterminado. “Vamos continuar com a greve até que o governo (do DF) apresente uma proposta que atenda às nossas reivindicações”, disse Agamenon Torres, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Distrito Federal. Os servidores reclamam das condições de trabalho e da baixa remuneração.

As principais reivindicações da categoria são aumento de 34% do auxílio-alimentação, de R$ 199 para R$ 304, o repasse imediato do percentual de reajuste do Fundo Constitucional do DF, a implantação do plano de carreira, cargos e salários da categoria, e a oferta de plano de saúde. Os profissionais de saúde pedem também a incorporação aos salários da Gratificação por Apoio Técnico Administrativo (Gata) e a redução da carga horária para 20 horas semanais.

A greve abrange profissionais dos níveis médio, técnico e superior, com exceção de médicos, enfermeiros e dentistas, que são representados por sindicato próprio.

A técnica em eletrocardiograma Barbara Aparecida trabalha no Hospital Regional da Ceilândia (HRC) e reclama que a estrutura do hospital é muito precária. “As condições de trabalho oferecidas ao profissionais de saúde muitas vezes impossibilitam o atendimento adequado do paciente”.

Apenas a manutenção dos serviços emergenciais, como centros cirúrgicos, unidades de terapia intensiva (UTIs) e pronto-socorros vão funcionar com 30% do pessoal, como determina a legislação.

No inicio da manhã, Agamenon Torres participou de reunião com secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa, no Palácio do Buriti, sede do governo distrital. A proposta do governo foi incorporar 40% da Gata até setembro, medida que já conta com  amparo legal. Além disso, foi oferecido aumento do auxilio-alimentação. A secretaria propôs abrir um cronograma de negociação para as demais reivindicações. Mas o sindicato não aceitou as ofertas. “Não houve negociação porque o governo não ofereceu nada além do que já estava previsto para acontecer”, justificou Torres.

Fonte: Agência Brasil