São Paulo – Os metroviários do Distrito Federal decidiram, em assembleia na noite da terça-feira (10), manter a greve da categoria, iniciada em 12 de dezembro. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal, a falta de respostas do governo e da Companhia do Metropolitano motivou a continuidade da paralisação.

“Continua a postura intransigente da empresa e do governo, alegando que não vão negociar, vão deixar para a Justiça do Trabalho decidir, e em virtude dessa ausência de negociação e proposta, a categoria manteve o estado de greve por tempo indeterminado”, disse o coordenador-geral do Sindmetrô, Israel Pereira.

Os metroviários reivindicam o cumprimento do acordo coletivo de trabalho, firmado em 2011. Um desses acordos prevê a equalização de direitos entre outras empresas públicas do Distrito Federal. “O acordo de equalização foi feito em março de 2011 e era válido até o final do ano passado. O sindicato notificou a empresa e o governo, pedindo para que fosse cumprida essa cláusula de equalização, mas ela não foi cumprida. Isso motivou a greve, juntamente com outras 16 cláusulas”, explicou Israel.

Na segunda-feira (9), ele foi até o Ministério Público pedir intermediação para que uma reunião seja marcada com o governo, mas a promotora que acompanha o caso está em recesso. Nova assembleia foi marcada para quinta-feira (12). “Caso haja uma negociação, a categoria poderá reavaliar a continuidade da greve. Caso o cenário não mude, o movimento irá continuar”, afirmou o sindicalista. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) deverá julgar o movimento na próxima terça (17).