Equidade em Saúde

Nísia Trindade retoma papel do Brasil como referência em saúde pública global

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, discursou em Genebra. Defendeu a ampliação do acesso a medicamentos e destacou que “o Brasil voltou”

Fernando Frazão/ABr
Fernando Frazão/ABr
Nísia alertou que "precisaremos de sistemas nacionais de saúde mais preparados para as emergências que virão"

São Paulo – A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou hoje (22) da 76ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, na Suíça. Nísia discursou para seus pares e lideranças internacionais sobre os nortes das políticas públicas de Saúde sob o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O Brasil está de volta”, disse, “Precisaremos de sistemas nacionais de saúde mais preparados para as emergências que virão”, completou.

De acordo com a ministra, o Brasil trabalha para retomar “a defesa da equidade em saúde, da cultura da paz e do multilateralismo”. “O Brasil voltou para somar sua voz e sua atuação pela solidariedade internacional”, prosseguiu. Além disso, fez análises sobre o enfrentamento de desafios futuros da comunidade internacional, como possíveis pandemias e o aquecimento global. Ao citar esses enfrentamentos vindouros, Nísia lembrou e lamentou os mais de 6 milhões de mortos pela covid-19.

Então, Nísia alertou que “precisaremos de sistemas nacionais de saúde mais preparados para as emergências que virão”. Para isso, defendeu medidas como a democratização do acesso a medicamentos, a partir de uma gerência da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Alertas de Nísia

“Temos que descentralizar a produção de medicamentos, vacinas e insumos estratégicos para garantir o acesso equitativo em todo o mundo. Trabalhar para reduzir as desigualdades e, diante e entre elas, a desigualdade de acesso aos benefícios do conhecimento científico e tecnológico. Desigualdade faz mal à saúde”, disse.

Por fim, a ministra chamou os países a utilizarem todas as ferramentas para reduzir a desigualdade e os efeitos das mudanças climáticas. “Em tempos de inteligência artificial e avanços na saúde digital, é crucial que essas sejam ferramentas acessíveis e eticamente orientadas. (…) Recordemos que mais da metade do tempo para realizar os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) já transcorreu e, a despeito de alguns avanços, estamos em grande parte do mundo em situação pior do que antes da covid-19.”