Pandemia não acabou

Governadores reforçam a necessidade de restrições neste carnaval

Para os gestores estaduais, as restrições no carnaval visam manter os resultados obtidos com o avanço da vacinação e outras medidas

SAIA DE CHITA/FACEBOOK
SAIA DE CHITA/FACEBOOK
A cidade de São Paulo prevê a passagem de 15 milhões de foliões nas ruas

São Paulo – A poucos dias do carnaval, os governadores reforçam a necessidade de adoção de medidas restritivas para evitar aglomerações e conter o avanço de variantes do novo coronavírus. Apesar de desfiles de escolas de sambas e de blocos terem sido suspensos pelas autoridades, festas informais têm sido realizadas.

“A gente mantém restrição de eventos como o carnaval para evitar a propagação do vírus nesse período para não jogar fora todo o esforço que fizemos até agora. É um sacrifício que vale a pena”, disse o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que coordena a área temática sobre a vacina e enfrentamento à covid no Fórum Nacional de Governadores.

Ele ponderou que o avanço da vacinação permitiu a redução na transmissão do novo coronavírus, no número de internações e de óbitos. E que o país caminha para ter 86% de sua população com a imunização completa. Além disso, segundo Dias, há a esperança de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove o uso emergencial e temporário do medicamento da Pfizer para tratar covid.

Depois do carnaval

Trata-se do Paxlovid, um remédio de uso oral que segundo o laboratório farmacêutico reduz hospitalizações e mortes quando aplicado no início da infecção, conforme mostraram os testes. A agência vai analisar os resultados dos estudos dados, o que deve levar cerca de mais um mês.

“Teremos então um remédio específico. Esse desfecho permitirá que possamos traçar um plano de transição da fase de pandemia para endemia, como já aconteceu com outras doenças. O tempo dessa mudança é a ciência que vai dizer, mas os cientistas já sinalizam que o coronavírus deverá finalmente dar uma trégua.”

Confira

Redação: Cida de Oliveira