Contágio

Brasil detecta casos de Influenza Aviária no litoral do Espírito Santo

A Influenza Aviária provoca preocupações em todo o mundo. A doença tem potencial para se disseminar, mas não há motivo para pânico. Entenda

Reprodução/OMS
Reprodução/OMS
Com a devastação de áreas verdes, é possível a explosão de surtos de doenças adormecidas, ou mesmo a disseminação massiva de vírus incidência local

São Paulo – O Ministério da Saúde registrou hoje (15) o primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). O vírus H5N1 provoca preocupação em todo o mundo. Ainda não há notícias de contágio entre humanos no país, contudo a Organização Mundial da Saúde (OMS) não descarta a possibilidade.

Ontem, o Serviço Veterinário Oficial (SVO) iniciou a investigação sobre a doença após notificação recebida pelo Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos de Cariacica, no Espírito Santo. O país detectou os primeiros casos do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade – H5N1 em duas aves silvestres, da espécie Thalasseus Acuflavidus. São os populares Trinta-réis-de-bando. As cidades de Marataízes e Jardim Camburi, ambas no litoral capixaba, registraram o fato.

O SVO coletou amostras biológicas e as enviou ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA). Os resultados confirmaram tratar-se de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) do subtipo H5N1. Esses são os primeiros casos de IAAP registrados no Brasil.

Condições da Influenza Aviária

É importante ressaltar que a detecção da IAAP em aves silvestres não afeta o status do Brasil como país livre da doença, e os demais países membros da OMSA não devem impor proibições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros.

A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves silvestres e domésticas. A atual pandemia de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade tem se espalhado pelo mundo. A maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves domésticas ou aves silvestres locais.

Orientações e medidas

Diante desse cenário, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e os órgãos estaduais de sanidade agropecuária poderão adotar novas medidas sanitárias para evitar a disseminação da IAAP e proteger a avicultura nacional, dependendo da evolução das investigações e do cenário epidemiológico.

O Ministério da Saúde intensificará ações de comunicação sobre a doença e as principais medidas de prevenção, com o objetivo de conscientizar a população em geral e os criadores de aves. A ênfase imediata será na notificação de casos suspeitos da doença e ao reforço das medidas de biossegurança na produção avícola.

É importante ressaltar que as infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária são principalmente por meio do contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas. Portanto, a população deve acionar o serviço veterinário local ou realizar a notificação por meio do e-Sisbravet ao avistar aves doentes. Não se deve tocar ou recolher aves doentes.


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