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Mortes pela covid-19 caem 48% em um semana, mas variante XE preocupa, diz OMS

Brasil ficou em quinto lugar no ranking de óbitos pela doença, atrás de Estados Unidos, Rússia, Coreia do Sul e Alemanha

Reprodução/OMS
Reprodução/OMS
Com a devastação de áreas verdes, é possível a explosão de surtos de doenças adormecidas, ou mesmo a disseminação massiva de vírus incidência local

São Paulo – A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que as mortes pela covid-19 em todo o mundo caíram 43% na última semana. Entre 28 de março a 3 de abril, o número de novos casos também registrou queda de 16%, na comparação com a semana anterior. “Todas as regiões mostram tendências decrescentes, tanto no número de novos casos semanais quanto em mortes”, diz o boletim divulgado nesta quarta-feira (6).

Nesse período, a entidade computou mais de 9 milhões de novos casos e cerca de 26 mil mortes. Ainda assim, a curva epidemiológica voltou a cair, após aumento observado na primeira metade do mês passado.

Os Estados Unidos registraram o maior número de mortes semanais (4.435), seguidos da Rússia (2.357), da Coreia do Sul (2.336). Na sequência, aparecem a Alemanha (1.592) e do Brasil (1.436). Por outro lado, a Coreia do Sul registrou o maior número de casos (2 milhões) no período. Alemanha (1,3 milhões), França (959 mil), Vietnã (796,7 mil) e Itália (486,7 mil) também estão no topo da lista.

Variantes recombinantes: XE é a mais preocupante

Ao mesmo tempo, a OMS disse que continua investigando variantes recombinantes do novo coronavírus. Por conta da transmissão ainda elevada, é provável que outras variantes, incluindo recombinantes, continuem a surgir, afirmou a entidade. Nesse sentido, a recombinação é um evento considerado comum em vírus como o Sars-CoV-2.

A OMS está rastreando variantes recombinantes derivadas da delta e da ômicron, assim como oriundas da recombinação subvariante BA.2 da própria ômicron. Esta última (a BA.2) se tornou-se a cepa dominante nos Estados Unidos. Já a XE originou-se a partir da recombinação entre a BA.1 (a cepa original da ômicron) e a BA.2. Uma variante recombinante ocorre quando um indivíduo é infectado com dois ou mais variantes ao mesmo tempo. Assim, seus materiais genéticos se misturam dentro do corpo do paciente.

“A OMS continua monitorando e avaliando de perto o risco à saúde pública associado às variantes recombinantes, juntamente com outras variantes do SARS-CoV-2, e fornecerá atualizações à medida que mais evidências estiverem disponíveis”, diz o comunicado.

Nesse momento, a variante recombinante que causa mais preocupação é a XE. O Reino Unido registrou o primeiro caso dessa nova variante em 19 de janeiro. Desde então, os pesquisadores identificaram mais de 600 casos da XE.

De acordo com o boletim da OMS, ela seria cerca de 10% mais transmissível que a BA.2. Contudo, tratam-se de estimativas preliminares, que ainda necessitam de confirmação, a partir estudos aprofundados. “A XE continua a pertencer à variante ômicron até que diferenças significativas na transmissão e nas características da doença, incluindo a gravidade, possam ser relatadas”, ressaltou a OMS.

Balanço da covid no Brasil

O Brasil registrou hoje 195 mortes e 27.120 casos de covid-19, de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). O estado da Bahia, contudo, não divulgou os dados até o fechamento dessa matéria. Assim, a média diária de mortes calculada em sete dias ficou em 174. Esse índice se mantem abaixo dos 200 desde 1º de março. Trata-se de uma redução de 81% na média de óbitos, na comparação com o pico da ômicron em meados de fevereiro.

Do mesmo modo, a média de casos semanais também segue caindo e ficou em 21.559. É a menor marca registrada desde 6 de fevereiro, quando a ômicron começou a explodir no país. Ao todo, desde o início da pandemia, em março de 2020, o país soma 660.723 mortes pela covid-19 oficialmente registradas, além de pouco mais de 30 milhões de casos.

Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass


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