Eleições 2022

‘Terceira via’ deve indicar Simone Tebet e cancelar Doria

Falta ‘ok’ das executivas nacionais de PSDB, MDB e Cidadania à decisão dos seus presidentes pela senadora. Rejeição ao ex-governador paulista foi decisiva para a escolha de Tebet

Ag. Senado - GovSP
Ag. Senado - GovSP
Senadora Simone Tebet aparece com menor rejeição em pesquisa encomendada pela terceira via e desbanca João Doria na disputa para ser a "terceira via"

São Paulo – Os presidentes do PSDB, do MDB e Cidadania anunciaram, nessa quarta-feira (18), que deverão indicar a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como candidata única da chamada terceira via à Presidência. A decisão de Bruno Araújo, Baleia Rossi e Roberto Freire é oficial, mas para passará ainda por aprovação das diretorias executivas nacionais das três siglas.

As executivas dos três partidos devem ocorrer, separadamente, na próxima terça-feira (24). “Até terça-feira que vem fica pública uma posição apresentada aos três partidos. Vamos aguardar para ver se todos confirmam essa posição”, disse o presidente do PSDB ao fim do encontro.

A definição das legendas em torno da parlamentar ainda não é definitiva. Isso porque, ao final da reunião que definiu que os três partidos sairão com um candidato único, o nome de Simone Tebet não foi mencionado. Porém, já havia sido declarado pelos dirigentes que o candidato seria ela ou o ex-governador de São Paulo e pré-candidato pelo PSDB, João Doria. E que a decisão foi pelo nome com menor rejeição.

Tucanos em derrocada

Como a intenção de centrar esforços sobre a candidatura da parlamentar terá como base análise dos resultados de uma pesquisa encomendada pelas siglas que apontou alta rejeição de Doria, a conclusão é que Simone Tebet será a representante do esforço para viabilizar uma candidatura “alternativa” aos nomes de Lula e Bolsonaro, líderes em todas as pesquisas até aqui.

Assim, Doria terá suas pretensões nestas eleições enterradas, apesar ter vencido as prévias tucanas, em novembro passado. Porém, mesmo antes de deixar o governo paulista para concorrer à Presidência, já acumulava resultados inexpressivos nas pesquisas de intenção de voto e seu nome não decola.

Por essa razão, tem estado sob forte pressão da legenda para desistir e se diz vítima de uma sequência de tentativas de “golpe” para retirá-lo da disputa. A avaliação é de que sua rejeição atrapalha a tentativa de reeleição do atual governador de São Paulo, o também tucano Rodrigo Garcia.

Se a opção por Simone Tebet confirmada pelas executivas nacionais dos três partidos será a primeira vez desde a redemocratização, que o PSDB não terá candidato próprio à presidência.


Com Folha de S.Paulo, Estadão e Brasil de Fato


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