São Paulo – Renan Calheiros (PMDB-AL) deve ser reconduzido hoje (1º) à presidência do Senado e do Congresso Nacional, em eleição marcada para esta manhã. Candidato da base aliada do governo Dilma Rousseff, Renan disputa o cargo com o pedetista Pedro Taques (MT), que, apesar de também pertencer a um partido da situação (PDT), concorre com o apoio da oposição.

O nome do novo presidente será decidido por maioria simples de votos, com a presença da maioria absoluta dos senadores (41 dos 81 parlamentares). Nos cálculos de Renan e seus apoiadores, ele terá em torno de 60 votos.

Se eleito, o alagoano voltará a presidir o Senado quase seis anos depois de renunciar ao mesmo cargo. Em 2007, ele foi alvo de denúncias envolvendo o pagamento de pensões a uma jornalista com quem teve uma filha fora do casamento. A investigação do Ministério Público Federal teria sido concluída há dois anos. Só agora, porém, faltando uma semana para a eleição da Mesa, o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, decidiu desengavetar o processo e denunciar Renan ao STF. Governista acusam Gurgel de ter agido por motivação política.

Com a provável eleição de Renan hoje no Senado, e a também quase certa vitória de Henrique Alves (RN) na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, na segunda-feira (4), o PMDB se consolida como maior força do Parlamento e principal partido de sustentação do governo de Dilma Rousseff, depois do PT.