Para marcar estreia, PSD lançará campanha por Constituinte em 2014
Presidente 'de fato e de direito', reafirma que legenda nasce com ideologia de 'centro' e que manterá independência em relação ao governo, no Legislativo
Publicado 28/09/2011 - 11h43
São Paulo – No primeiro dia como presidente ‘de fato e de direito’ do Partido Social Democrático (PSD), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse que a primeira ação concreta da nova legenda será encaminhar ao Congresso um Projeto de Lei (PL) para a instalação de uma Assembleia Nacional Constituinte, em 2014. A senadora Kátia Abreu será a parlamentar responsável pelo encaminhamento do PL nas casas legislativas.
O PSD, idealizado por Kassab (ex-DEM), conquistou o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite da terça-feira (27), depois de um longo julgamento de denúncias de irregularidades no processo de registro da legenda.
Sem perder tempo, o prefeito informou, via redes sociais, que os integrantes do novo partido já se reuniam, desde as 9 horas desta quarta (28), em Brasília, para a primeira reunião oficial da executiva nacional. Na pauta principal, a publicação de um “manifesto à nação”, com destaque para o projeto de levar adiante a mobilização para a instalação da Assembleia Constituinte.
Uma grande campanha nacional de comunicação sobre a proposta deverá ganhar as ruas e a mídia já nos próximos dias, numa tentativa de fixar o nome do recém oficializado partido junto aos eleitores.
“(A Constituinte) É a melhor forma para o Brasil fazer as reformas institucionais que são necessárias para o país”, disse o prefeito, durante entrevista ao telejornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, na manhã desta quarta-feira (28).
Pela proposta, os parlamentares eleitos para as alterações na Constituição trabalhariam paralelamente aos da Câmara e ao Senado que vierem a ser escolhidos pelo voto popular em 2014.
Kassab reafirmou que seu partido manterá um posicionamento ideológico “de centro” e uma postura “de independência” em relação ao governo federal.
Vencida a barreira do TSE, que poderia ter dado fim ao projeto partidário do ex-Democrata, o prefeito deu sinais de que vai evitar comentar as suspeitas de irregularidades de que foi acusado. “Em todos os estados o PSD foi aprovado pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TER). Eram denúncias sem fundamento e em alguns casos eram armações de adversários. O momento agora é de olhar para frente”, disse.
Kassab também foi questionado sobre que motivações teriam as cerca de quinhentas mil pessoas cujas assinaturas contam do documento de apoio à criação de seu partido – conforme exigência da legislação brasileira -, uma vez que ele não traz, em princípio, nenhuma grande diferença em relação aos demais partidos do país, Kassab respondeu que foi “um sinal de que as pessoas querem a mudança.”
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