Pré-candidatos trocam cordialidades em encontro em MG

Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), e Marina Silva (PV), participam de debate no 27º Congresso Mineiro dos Municípios, no Expominas. (Foto: Pedro Silveira/O Tempo/Folhapress) São Paulo – […]

Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), e Marina Silva (PV), participam de debate no 27º Congresso Mineiro dos Municípios, no Expominas. (Foto: Pedro Silveira/O Tempo/Folhapress)

São Paulo – No primeiro encontro entre os três presidenciáveis mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais, o clima foi de cordialidade. Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) evitaram confrontamentos em debate no 27º Congresso Mineiro de Municípios, em Belo Horizonte nesta quinta-feira (6).

Um dos principais temas tratados foi a questão tributária, já que muitas cidades dependem de recursos repassados pela União por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A necessidade de promover redução de impostos para combater os efeitos da crise econômica mundial teve impactos para as três esferas do poder público. Para Dilma, pela primeira vez o governo era parte da solução e não do problema. A forma de compensação dos municípios ocorreu de forma negociada, garantindo a melhor saída.

Segundo ela, todos os entes da federação perderam arrecadação nos cortes do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), mas o incentivo ao consumo permitiu que o país evitasse um período mais longo de estagnação.

“Antes havia crise e o governo quebrava. Não fizemos o impossível, mas o nosso possível é a recuperação econômica, 14 milhões de empregos e crescimento a taxas como nunca antes. Cada um de nós deu a sua parcela. Todos perderam arrecadação, mas fomos o  primeiro país a sair da crise”, comemorou Dilma.

Mesmo com os resultados positivos da medida, Serra criticou o governo porque, segundo ele, apenas uma parte da perda de receita dos municípios foi compensada. Dos R$ 3,5 bilhões de arrecadação a menos, R$ 2 bilhões foram repassados.

Sobre a questão tributária, Marina Silva defendeu a necessidade de ética de valores e a governabilidade acima da política partidária. Ela lembrou a inversão de papéis ocorrida no debate da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF). O tributo foi abolido por pressão da oposição, formada pelos mesmos partidos que o criaram em 1993. “Lamentavelmente, os que eram a favor agora votaram contra. E os que eram contra votaram a favor. Temos que acabar com a ética de circunstâncias e apostar na ética de valores”, defendeu.

Os três pré-candidatos concordaram sobre a necessidade de se modificar a política de royalties da mineração. O tema é sensível para muitos municípios do estado. Diferentemente do petróleo, por exemplo, outras matérias-primas exploradas não rendem divisas para compensar os impactos onde essa atividade econômica é realizada.

Com informações da Reuters