Petrobras

Base aliada aposta em eficiência de investigações externas para evitar CPI

Líder do PT no Senado disse que líderes tentam demover parlamentares da ideia e que investigações do MP e Polícia Federal deveriam ser consideradas suficientes

pedro frança/agência senado

Senador Humberto Costa vai buscar entendimentos até a tarde desta terça-feira (1º)

Brasília – O líder do PT no Senado, senador Humberto Costa (PE), afirmou há pouco que os senadores da base aliada do governo estão reforçando, até amanhã (1º), entendimentos com os colegas parlamentares para tentar demovê-los de assinar ou retirar as assinaturas para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar irregularidades na Petrobras. A missão é a última tentativa da base de evitar a instalação da CPI, que está prevista para ser protocolada a partir da leitura do requerimento pedindo sua criação, no plenário da Casa, durante a tarde desta terça.

Costa disse que os argumentos que estão sendo apresentados aos parlamentares são consistentes, e a CPI, em sua opinião, é apenas um “pretexto para que haja disputa política entre oposição e governo” em relação ao tema. Segundo ele, existem investigações em curso, por parte do Ministério Público e da Polícia Federal sobre a estatal e estas investigações, a seu ver, devem ser consideradas “absolutamente suficientes” para o esclarecimento das denúncias feitas nos últimos dias envolvendo diretores da estatal.

“Acredito que vamos reforçar a estratégia de buscarmos o convencimento de todos os senadores, inclusive daqueles que já assinaram o requerimento pela CPI. Quebra de sigilos com certeza já devem ter sido feitas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal e já há, acima de tudo, um tempo maior de investigação feito por esses órgãos. Aqui nós iríamos começar do zero”, enfatizou.

Ao longo do dia, vários parlamentares reuniram-se em conversas isoladas com líderes dos partidos de sustentação ao governo para discutir o assunto. O requerimento que pede a instalação de uma CPI para a Petrobras já conta com 29 assinaturas – duas a mais do que o número mínimo necessário.