Para Emir Sader, eleição é oportunidade para expropriar elite que dominou o Brasil

“Continuidade do atual governo será devidamente valorizada daqui a 50 anos”, afirma Sader (Foto: Parzotti/CUT Divulgação) São Paulo – Para Emir Sader, sociólogo e secretário-geral da Faculdade Latino-americana de Ciências […]

“Continuidade do atual governo será devidamente valorizada daqui a 50 anos”, afirma Sader (Foto: Parzotti/CUT Divulgação)

São Paulo – Para Emir Sader, sociólogo e secretário-geral da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO), o seminário latino-americano promovido para a comemoração do dia do trabalhador em São Paulo é importante para fortalecer a “dura luta contra a direita no Brasil”. À Rede Brasil Atual, Sader lembra que a iniciativa do movimento sindical busca a integração regional em torno de uma proposta alternativa ao neoliberalismo no continente.

O momento político do país vai além de uma simples questão eleitoral, na opinião do sociólogo. “Se derrotarmos as pretensões conservadoras (nas eleições deste ano), vamos expropriar toda uma geração de políticos mandatários da elite que dominou o Brasil. A continuidade do atual governo será devidamente valorizada daqui a 50 anos. Não se trata de decidir quem vai deter o mandato presidencial. Trata-se de consolidar no país – ou não – uma nova ordem, em que políticas públicas e sociais têm mais importância do que as de mercado e do capital”, resumiu.

Durante sua fala ao público, o professor lembrou que dez anos atrás, a América Latina era “o reino do neoliberalismo, que levou o país, comandado por FHC a três crises e ao FMI” e que o continente hoje é o único no mundo “a dar alternativas a esse modelo e que, pela primeira vez, os pobres e trabalhadores (de países como o Brasil e a Bolívia) não foram penalizados durante a recente crise que abalou os países do norte.”