São Paulo – Até as 12h deste domingo (2), ao todo 59 países já haviam encerrado a votação de brasileiros residentes no exterior para presidente da República, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A divulgação oficial dos resultados só ocorrerá a partir das 17h de Brasília, quando a eleição será encerrada em todo o território nacional. Mas resultados parciais dos boletins de urnas no exterior – que ainda precisam ser confirmados pelo TSE – vêm indicando a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na maioria dos países. 

Até o fechamento desta matéria, os boletins de ao menos 22 países mostravam Lula na frente. O candidato da Coligação Brasil da Esperança obteve maioria na Nova Zelândia, onde as urnas foram abertas às 16h de ontem (1º), no horário de Brasília, e 73,44% o escolheram – 329 dos 451 votos válidos. E o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), ficou em segundo lugar, com 15,85%, com 71 dos votos válidos.

No exterior, Lula também venceu na Austrália, com 54,84% dos votos válidos de 3.672 eleitores no país. Bolsonaro, por sua vez, registrou 1.917 votos, ou 28% do total. A vantagem do ex-presidente também se repetiu na Coreia do Sul, onde ele recebeu 62,8% dos votos, ou 130. Já o atual mandatário teve apenas 25,6%, o equivalente a 53 votos. Ao todo, 207 brasileiros que vivem no país saíram para votar. A vitória de Lula também é indicada na China, Singapura e Tailândia. O ex-presidente também lidera no Egito e Quênia. Assim como na Arábia Saudita e nos territórios palestinos, Ramallah, onde Lula conquistou esmagadores 84,8% dos votos ante 7,4% de Bolsonaro. 

Comparecimento no exterior cresce

O atual presidente obteve maioria, contudo, em Israel, mas com uma diferença mais apertada. Bolsonaro teve 45,97% dos votos, segundo os boletins, contra 39,36% do petista. Ele também ficou na frente no Japão, Timor Leste e Moçambique. Mas perdeu na Hungria, apesar do apoio do líder de ultradireita do país, Viktor Orbán. Os boletins de urna apontam a vitória do ex-presidente Lula na maioria dos países europeus, entre os quais, Estônia, Finlândia, Polônia, República Tcheca, Dinamarca, Luxemburgo, Esvoláquia, Croácia, Rússia, Noruega e Suécia. 

Durante as eleições no exterior, filas foram registradas principalmente em Lisboa, Portugal, e Paris, na França. Ao comentar o caso em entrevista coletiva, o presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, destacou que o crescimento do número de votantes fora do Brasil, se comparado a 2018. “As pessoas estão indo votar”, justificou o magistrado, confirmando que a partir das 17h todos os boletins serão divulgados pelo tribunal. 

Cerca de 4,4 milhões de brasileiros moram no exterior, de acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores. Deste total, 697.084 estão aptos para votar para escolher o próximo presidente do Brasil, 39% a mais do que em 2018. O voto no exterior só é possível para o cargo de presidente. A votação acontece em embaixadas, consulados e repartições diplomáticas espalhadas por 159 cidades de 97 países.

O filho do presidente que gosta de chocolate está divulgando uma matemática errada dos resultados das urnas no exterior. Não sei se mentira agonizante ou desespero delirante. https://t.co/vqZ2dCpA7r

— Debora Diniz (@Debora_D_Diniz) October 2, 2022