Eleitores sem transporte

MP Eleitoral abre apuração para verificar denúncias de falta de ônibus em São Gonçalo

Prefeito da cidade na Região Metropolitana do Rio é aliado de Bolsonaro. Corte no transporte pode ter afetado eleitores do Complexo do Salgueiro

Reprodução / Facebook
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Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, enfrenta falta de ônibus

São Paulo – A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE-RJ), órgão do Ministério Público Eleitoral, instaurou apuração preliminar sobre as queixas de falta de ônibus nas ruas de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, neste domingo (30). O procedimento teve origem em denúncias de supostas irregularidades na oferta de transporte público que chegaram ao conhecimento da PRE-RJ.

Uma das postagens sobre o problema no Twitter informa que o corte de ônibus pela prefeitura afeta o Complexo do Salgueiro. “As pessoas estão tendo que se deslocar a pé para seus locais de votação. Trata-se de uma determinação do prefeito Capitão Nelson, aliado de Bolsonaro”, diz a postagem.

Com a apuração preliminar, a procuradoria solicitará informações ao município de São Gonçalo sobre o efetivo cumprimento da legislação sobre as eleições. A norma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre atos gerais deste processo eleitoral fixou que estados, municípios e concessionárias/permissionárias “não podem reduzir o serviço público de transporte coletivo de passageiros habitualmente ofertado no dia das eleições”.

Crimes eleitorais

A denúncia de falta de ônibus deliberada, se confirmada, pode configurar dois crimes eleitorais. Impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar ou recusar fornecimento regular de meios de transporte, alimentação e utilidades normalmente a todos.

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A prefeitura de São Gonçalo primeiro disse que “não houve determinação para a não circulação dos ônibus na cidade”. E que “a frota dos ônibus municipais segue circulando de forma reforçada em toda a cidade, em relação a um domingo normal”. “O trânsito segue intenso nas principais vias da cidade por conta da eleição, o que gera demora na circulação dos coletivos”, alegou.


Com informações do portal g1