Em julho

Lula vai lançar ‘novo PAC’ e internet banda larga nas escolas

Ministro Rui Costa disse que governo “cumpriu a meta” nos primeiros seis meses e anunciou novas ações. Ele também afirmou que o Brasil “clama” pela queda dos juros

Ricardo Stuckert/PR
Ricardo Stuckert/PR
Reunião ministerial durou mais de nove horas

São Paulo – O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quinta-feira (15) que o governo Lula prepara um “novo PAC” – Programa de Aceleração do Crescimento. O lançamento do novo programa de investimentos em infraestrutura será no mês que vem. Também em julho, o governo promete lançar outro programa para garantir internet banda larga na escolas.

Ele anunciou as novidades após reunião de Lula com os ministros, que durou mais de nove horas. De acordo com Rui Costa, os ministros apresentaram um balanço das realizações nos últimos seis meses, e apresentaram ações para o próximo semestre.

“Um balanço extremamente positivo, tudo aquilo que havíamos programado para lançar de programas fundamentais importantes – entre eles, o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família e tantos outros nas áreas da Saúde, Educação e Infraestrutura – foram lançados. Ou seja, cumprimos a nossa meta”.

Na última segunda-feira, no programa Conversa com o Presidente, Lula havia anunciado que lançaria “grande programa de obras públicas” em 2 de julho. Inicialmente, o programa deve priorizar as mais de 14 mil obras paradas no país – 4 mil na área da Educação, como escolas e creches. Em outra ocasião, Lula também afirmou que, desta vez, o “novo PAC” deve privilegiar as Parcerias Público-Privadas (PPPs).

Sobre o programa para conectar as escolas, Rui Costa afirmou que até o final do mandato, em 2026, 100% das escolas públicas do país terão internet banda larga – “inclusive escolas rurais, mesmo no Norte, Nordeste e Centro-Oeste”.

Preços em queda, juros em alta

Durante a reunião ministerial, Rui Costa afirmou que também comemorou os “indicadores econômicos favoráveis”. “Queda bastante significativa da inflação, queda das taxas de juros de longo prazo. Todas as projeções apontam para uma queda bastante substantiva da taxa de juros em 12 meses. Queda nos combustíveis, queda no desemprego. Então, nós temos um ambiente economicamente favorável. O otimismo econômico voltou”.

Por outro lado, ele falou que existe um “verdadeiro clamor” na sociedade brasileira pela redução na taxa básica de juros – a Selic –, atualmente fixada em 13,75% pelo Banco Central (BC). O ministro citou o “sucesso” do programa fiscal que reduziu os preços dos veículos mais baratos para apelar mais uma vez por uma mudança na política monetária.

“Esse absoluto sucesso demonstra o que é evidente para todos os atores econômicos do país, para toda a sociedade: se dermos condição de crédito, se viabilizarmos baixar os custos financeiros para quem quer consumir, vai haver consumo nesse país. A indústria vai voltar a produzir, o comércio varejista vai voltar a vender. Ou seja, com um pequeno estímulo como esse, o resultado já é muito expressivo no comércio”.

Nesse sentido, o ministro disse ainda que o governo trabalha para ampliar o microcrédito, como forma de aliviar o aperto monetário. O objetivo é viabilizar o crédito barato para a população mais pobre, “irrigando” a base da pirâmide de consumo.


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