Palácio dos Bandeirantes

Haddad: ‘País é governado por um grupo de bandidos, e Tarcísio se dispôs a ser joguete na mão deles’

Haddad diz que as únicas três coisas que Tarcísio apresenta são ameaças para SP. “E ele não vai a debate comigo por ordem do Planalto”

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Segundo Haddad, "até o Estatuto da Criança e do Adolescente Tarcísio cogitou não cumprir"

São Paulo – O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, criticou duramente seu adversário, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nesta segunda-feira (24). Haddad afirmou que as “únicas coisas” que Tarcísio propõe ao estado são ameaças. “Desobrigar a vacina, tirar as câmeras dos uniformes policiais e vender a Sabesp”, cita. “Até o Estatuto da Criança e do Adolescente ele cogitou não cumprir”, disse o ex-prefeito paulistano e ex-ministro da Educação. O candidato do PT participou de sabatina do jornal Valor Econômico e da rádio CBN.

Durante a sabatina, Haddad demarcou o vínculo de Tarcísio com o padrinho, Jair Bolsonaro (PL). “A Sabesp fez trabalho incrível na crise hídrica, como está fazendo no (rio) Pinheiros, na bacia do Tietê, na integração das nascentes. Ela funciona como empresa privada. Se tivermos governança boa, os instrumentos ela tem, tem rentabilidade, paga dividendos”, disse. Desse modo, reiterou que se a empresa passar para o controle privado, cujo objetivo é o lucro, a primeira consequência será o aumento das contas para os consumidores.

“Tarcísio não tem autonomia”

Sobre a relação do candidato do Republicanos ao Palácio dos Bandeirantes, Haddad afirmou que “Tarcísio se dispôs a ser um joguete” na mão do bolsonarismo. “Ele não tem nenhuma independência para falar absolutamente nada. Tem rumores de que a ordem para o Tarcísio não ir ao debate comigo veio do Palácio do Planalto”, afirmou. O ex-ministro da Educação de Lula disse também que seu adversário não tem “ideia do que vai implementar se for eleito”. Acrescentou que o país é hoje “governado por um grupo de bandidos”.

Sobre educação, o ex-ministro defendeu a “reestruturação das carreiras de docentes em São Paulo”. Ele defendeu ainda a proposta do Bilhete Metropolitano. “Será processo gradual de inclusão de cidades ao bilhete da capital”, disse. Moradores das cidades vizinhas teriam bilhete integrado ao sistema paulistano. “Os técnicos vão definir o prazo que precisa durar o bilhete. Mas vamos definir tarifa que seja menor a que se paga hoje”, propôs.

O petista declarou estar otimista em relação ao pleito. “Estamos perto de ganhar essas eleições. Vamos fazer uma gestão com os partidos progressistas e atrair o centro para um governo republicano. Vai ser possível isolar quem ameaça as instituições e governar para todos os paulistas do interior, do litoral e da capital.”