São Paulo – O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, abriu oficialmente a sua campanha nesta terça-feira (16) com uma caminhada ao lado de mulheres no centro de São Paulo. Ao lado dele estiveram sua mulher, Ana Stela, a candidata a vice-governadora, Lúcia França (PSB), a socióloga Rosângela Silva, a Janja, e Lu Alkmin. Márcio França (PSB), candidato ao Senado da coligação Vamos Juntos Pelo Brasil, também participou, juntamente com diversas candidatas e candidatos ao Legislativo. O grupo caminhou da Praça do Patriarca até o Teatro Municipal.

Em sua fala, Haddad afirmou que será uma campanha “muito árdua”, porque os adversários “não lutam com as armas da democracia”. Nesse sentido, ele rebateu o mais recente ataque por parte dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e seus filhos que, nas redes sociais, acusam Lula de pretender fechar templos e igrejas.

“Infelizmente, vamos ter que conviver nesses dias com muita fake news, com muita mentira, como já está sendo alvo o presidente Lula, que não só aprovou o Estatuto da Liberdade Religiosa no Brasil, como foi o presidente que regulamentou a liberdade religiosa”, rebateu Haddad. Além disso, ele afirmou que Bolsonaro e seus familiares acham que “não têm que respeitar a todas as religiões”.

São Paulo do “progresso”

Por outro lado, Haddad saudou a aliança de partidos que apoiam a sua campanha. “Estou aqui com um time que é um colosso para São Paulo”. Prometeu colocar o estado no “rumo da cidadania”. E criticou os cortes na merenda, no passe livre para estudantes e idosos durante o atual governo Doria/Garcia. Como consta no seu programa de governo, o candidato também prometeu que o salário mínimo paulista será reajustado para R$ 1.580.

“O estado de São Paulo que a gente quer é o do progresso, da distribuição de renda, distribuição das oportunidades, com a fila do SUS andando, com a criança sendo atendida, e bem atendida, na escola pública. Com o jovem tendo garantido o seu direito de concluir a educação superior, uma universidade. E não ter que abandonar os estudos, porque a família não tem o que comer”, disse o candidato.

Haddad apelou à militância para que “conversem” e “acolham” as pessoas que ainda estão na dúvida sobre em que votar. “Temos que nos ocupar dessas pessoas. Você certamente tem um parente, um colega de trabalho, um vizinho da sua comunidade está nessa situação.

Paridade de gênero

Márcio França atribuiu a liderança de Lula e Haddad nas pesquisas ao apoio do eleitorado feminino. E destacou a proposta de Haddad de ampliar o espaço das mulheres no governo, caso vença a disputa. “Ele tomou uma decisão muito acertada. Combinou que metade das vagas do governo dele serão ocupadas por mulheres”.

Nesse sentido, Márcio França lembrou que nunca na história do estado uma mulher ocupou o cargo de governadora ou vice. “Essa vai ser a vez de ocupar”. Do mesmo modo, Lúcia França prometeu um “trabalho intenso” no combate à miséria e à desigualdade no estado.