São Paulo – Em quatro horas de depoimento prestado nesta segunda-feira (25), a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, respondeu a mais de 100 perguntas no inquérito da Polícia Federal sobre tráfico de influência. Durante o interrogatório, Erenice colocou os sigilos bancário, telefônico e fiscal à disposição da polícia.

No depoimento, com duração de quatro horas, a ex-ministra teria dito, segundo o portal iG, que não autorizou os usos de seu nome e de sua função para qualquer operação ilegal. Erenice deixou o governo após reportagens que mostraram supostos indícios de lobby do filho Israel Guerra para negociação com empresários da companhia de energia solar EDRB, que tentava viabilizar contratos com o Estado.

O jornal Folha de S. Paulo, que teve acesso ao documento de nove páginas resultante do depoimento, publicou a versão do advogado de Erenice, Mário de Oliveira Filho, que indicou que  “houve um encontro oficial, marcado pela assessoria dela. Foi uma reunião de uma hora e quinze minutos, na qual ela participou por 30 minutos. Foi uma conversa rigorosamente técnica.” 

Segundo a defesa, depois do encontro com Erenice, a proposta da EDRB foi encaminhada para a estatal responsável por energia solar no Nordeste.