Pediu e foi preso

Empresário que participou do 8 de janeiro é solto, xinga ministros do STF e volta à cadeia

Marcos Soares Moreira havia obtido liberdade provisória em maio sob condições, mas chamou ministros de “bandidos” e “vagabundos”, e Alexandre de Moraes o devolveu à prisão

Reprodução/Redes Sociais
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“Me prendam novamente. Não estou com medo. Para mim, é indiferente estar aqui ou lá dentro", disse Moreira. E foi atendido

São Paulo – O empresário Marcos Soares Moreira voltou a ser preso neste sábado (23), no Espírito Santo, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ficou por quatro meses no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, sob acusação de ter sido um dos incitadores dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Havia obtido liberdade provisória em maio, mas ignorou as condições de soltura a publicou vídeos em rede social em que xinga principalmente os ministros Moraes e Rosa Weber. O acusado tentou seguir a carreira de modelo e atualmente atuava na fabricação de cortinas.

Pagou para ver

“Me prendam novamente. Não estou com medo. Para mim, é indiferente estar aqui ou lá dentro. Mas eu jamais vou me curvar a vocês, bandidos, que têm o poder da caneta nas mãos, porém são bandidos. Alexandre de Moraes, Rosa Weber, todos vocês aí, são bandidos, vagabundos. Não vou me curvar a vocês”, disse ele em uma publicação.

Ao ordenar a prisão de Moreira, Moraes afirmou que o homem sabia das cautelares que permitiram que fosse solto. “Mesmo ciente dessa proibição (de usar as redes sociais) e demonstrando total desprezo pela Justiça, o denunciado publicou dois vídeos na rede social TikTok, nos quais ataca esta Corte e profere diversas ofensas à honra dos ministros que a integram”, justificou o ministro na decisão.

Acusado estava proibido de usar redes

Além de proibido de usar as redes sociais, Moreira estava obrigado a comparecer semanalmente à Justiça; proibido de ausentar-se do país, com entrega do passaporte; não podia ter qualquer porte de arma de fogo; e estava também impedido de se comunicar com os demais envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.

Segundo o g1, a advogada do empresário, Margarida da Silva, informou que soube da prisão do cliente, mas ainda não conhecie o teor da decisão do ministro Alexandre de Moraes. Assim, não se manifestou sobre a prisão.

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