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Eleitores enfrentam filas para votar em cidades da Europa

Lisboa, Londres, Paris, Milão e Berlim registraram tempo de espera de mais de uma hora para votar neste domingo. Votação já foi encerrada em 59 países

Gabriel Araujo von Winckler/Arquivo Pessoal
Gabriel Araujo von Winckler/Arquivo Pessoal
Apoiadores de Lula e Bolsonaro expressam sua preferência na fila para votar em Londres

São Paulo – Eleitores brasileiros residentes na Europa enfrentaram longas filas para votar neste domingo (2). Lisboa, Londres, Paris, Milão e Berlim registraram tempo de espera de mais de uma hora.

O voto fora do país é somente para o cargo de presidente e pode ser feito dentro de embaixadas, consulados e repartições diplomáticas espalhadas por 159 cidades de 97 países.

Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores (MRE), quase 700 mil brasileiros que vivem no exterior estão aptos para votar.

A votação de brasileiros no exterior já foi encerrada em 59 países, até o final da manhã deste domingo. O balanço foi informado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), que é responsável por organizar a votação fora do país, onde os eleitores registrados só votam para presidente da República.

Lisboa, capital portuguesa, é a cidade com maior quantidade de brasileiros aptos a votar, com 45 mil eleitores. Logo em seguida, vêm Miami e Boston, ambas nos Estados Unidos, com 40 mil e 37 mil eleitores, respectivamente.

A capital portuguesa registrou tumulto entre grupos que apoiam Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Embora as aglomerações de eleitores estejam proibidas, dezenas de pessoas estão concentradas em frente ao local único de votação em Lisboa, a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Maioritariamente vestidos de vermelho, grupos pró-Lula cantam o jingle da campanha e as palavras “tchuchuca do Centrão”. De verde e amarelo, eleitores de Bolsonaro gritam “mito” e “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”.

A Polícia de Segurança Pública de Lisboa acompanha a mobilização e impede que os eleitores fechem as vias.

Diante do clima de polarização, eleitores de esquerda enviaram formalmente ao Consulado do Brasil em Lisboa, responsável pela organização do pleito, um pedido de reforço na segurança. Além do efetivo policial, o consulado contratou 10 seguranças particulares.

O tempo de espera nas filas em Lisboa já supera 1h30. Houve problemas com 3 das 58 urnas eletrônicas. Segundo o presidente do TRE-DF, servidores da embaixada brasileira em Portugal que trabalhariam como mesários em Lisboa entraram em greve, o que fez as eleições começarem mais tarde.

Outras cidades

Em Zurique, na Suíça, os eleitores tiveram que enfrentar chuva e aproximadamente 2 km de fila, segundo a brasileira Juliana Campoy que mora a uma hora do local de votação. “A entrada do colégio estava um caos, muito bagunçado. Todo ano é assim”, disse. Ela e o marido levaram mais de uma hora e meia para conseguir votar, mas ouviram relatos de pessoas que levaram mais de 4 horas.

Leia também: Lula recebe 73% dos votos entre brasileiros que moram na Nova Zelândia

Em Londres, na Inglaterra, o brasileiro Gabriel Araujo von Winckler disse que as filas onde ele votou estavam demorando em torno de 1h30 em um clima de “muvuca”, com caixas de som e alto falantes, mas sem confusão. “Está melhor que há 4 anos, que foi debaixo de chuva. O local de votação está muito maior, mas ainda insuficiente para a população brasileira em Londres”, disse.


Com informações de Brasil de Fato, Folha de S.Paulo e do g1


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