‘Dobrada’ com Lula e Dilma é arma de candidatos ao Senado na BA
Lídice da Mata, candidata do PT ao senado pela Bahia em campanha (Foto: Shirley Stolze/Divulgação) São Paulo – O apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata […]
Publicado 13/09/2010 - 16h13
São Paulo – O apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata Dilma Rousseff (PT) são a principal aposta do crescimento de dois postulantes ao Senado na Bahia na reta final de campanha. Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB) tem contado com a exibição quase diária de falas dos expoentes petistas na propaganda no rádio e na TV.
A estratégia é consolidar a ideia de que é necessário eleger o “time completo” do presidente para o próximo período. O cenário registrado por pesquisas mostra empate técnico entre os principais candidatos. No estudo realizado pelo Ibope, divulgado na sexta-feira (10), o candidato César Borges (PR) aparece com 29% da preferência do eleitorado, seguido de Pinheiro com 27% e Lídice com 26%.
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A “dobrada” ou “casadinha”, explorada pelos candidatos da chapa petista, aliada à “identificação histórica com o projeto do trio Lula, Dilma e Wagner” podem estrangular as candidaturas adversárias, que têm buscado “estratégias apenas individuais” segundo o cientista, Paulo Fabio Dantas, entrevistado pelo jornal A Tribuna da Bahia.
Segundo ele, a tática usada pelas outras duplas das chapas opostas, César e Edvaldo Brito (PTB); José Carlos Aleluia (DEM) e José Ronaldo (DEM), de buscarem votos individualmente tem mostrado menos resultados na arrancada.
A exploração da imagem unida dos candidatos é um fator favorável à chapa petista, segundo a outra cientista política ouvida pelo jornal, Analice Alcântara. “O presidente Lula com o alto índice de popularidade puxa o candidato a reeleição no Estado, Jaques Wagner, que aparece com percentuais favoráveis nas pesquisas. Além disso, o que tem dado certo é a ideia do time. O partido tem centrado nessa ideia de conjunto”, enfatizou.
Segundo ela, a tendência de continuísmo também tem prevalecido, com o discurso “incisivo” e “unificado” junto ao eleitorado. “Eles têm explorado a ideia de mudança. Como isso aconteceu no executivo é preciso que agora ocorra no legislativo com a criação de uma base de sustentação no Senado”, avaliou.