Lamentável

Dino desmonta argumentos de Moro, que ataca o Estado de Direito

Dino destacou que as informações sobre as delações da Odebrecht fornecidas ao STF não passam pelo gabinete do Ministro da Justiça e estão devidamente apresentadas

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Sergio Moro tentou criar turbulência no cenário político nacional ao acusar o Ministério da Justiça de fornecer informações falsas à mais alta corte do país

São Paulo – Decisão histórica proferida pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que invalidou as provas provenientes das delações da Odebrecht e questionou a prisão do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como uma suposta armação judicial, o ex-juiz sob suspeição, Sergio Moro, tentou criar turbulência no cenário político nacional ao acusar o Ministério da Justiça de fornecer informações falsas à mais alta corte do país.

Moro utilizou sua conta na rede social X (antigo Twitter) para alegar que o Ministério da Justiça sob a gestão de Flavio Dino teria apresentado informações enganosas ao STF. Isso, em relação à cooperação da Operação Lava Jato com as autoridades suíças no caso Odebrecht. Ele alegou que isso teria levado um ministro a tomar uma decisão favorável a Lula e prejudicado centenas de investigações. Além disso, Moro afirmou que o Ministério da Justiça e a Advocacia-Geral da União (AGU) abriram investigações baseadas nesse suposto engano. Ele acusou procuradores e juízes de “crime de hermenêutica”.

Fala, Dino

Entretanto, o ministro da Justiça, Flavio Dino, rapidamente desmentiu as alegações de Moro. Ele esclareceu que não houve cooperação formal entre autoridades brasileiras e suíças nas investigações relacionadas à Odebrecht. Dino também lembrou que Sergio Moro é notável suspeito e incompetente pelo STF. Então, portanto, deve prestar explicações sobre suas decisões judiciais tomadas em 2016 e 2017.

Em sua resposta às acusações de Moro, Dino destacou que as informações fornecidas ao STF não passam pelo gabinete do Ministro da Justiça e estão devidamente apresentadas ao ministro relator no STF, que avaliará os fatos. O ministro finalizou sua resposta com uma nota irônica, desafiando Moro a explicar como provas de 2016 são instrumento de procedimento formal em 2017.