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Dilma: inclusão social e combate à pobreza são exemplos da política que transforma

Em café com jornalistas de Brasília, presidenta critica pessimistas que instigam 'clima ruim' à economia brasileira

roberto stuckert filho/pr

No café, Dilma também falou sobre o leilão de Libra e o Mais Médicos

Brasília – No tradicional café da manhã de fim de ano com jornalistas que cobrem o Palácio da Alvorada, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (18) que o acerto dos programas de combate à pobreza e de inclusão social nos últimos 10 anos são exemplos do fazer político que transforma a sociedade.

“Tenho orgulho da gente ter sido capaz de focar a política de superação da pobreza. (…). Porque demonstra maturidade e domínio do instrumento público de política. Pudemos fazer isso porque viemos do patamar de evolução de 10 anos. (…). Para mim, foi um orgulho grande, quando chegar que vê um ponto de maturação, fazer uma política que transforma”, afirmou.

Durante a conversa, ela destacou as ações de superação do racismo e de oportunidades para a população negra brasileira.

“Esse país viveu a escravidão durante muitos anos. E, quando aboliu, manteve a hierarquia da sociedade escravista, que era o racismo. E o racismo se perpetuou numa estrutura. Tanto que tiramos 40 milhões da pobreza e pode saber que uma parte significativa dessas pessoas é negra. Então, ter uma política de cotas é a forma pela qual se faz a política afirmativa. Sou a favor nas universidades e no serviço público. É imprescindível num país em que mais de 50% dos brasileiros se declararam afrodescendentes. Têm que ser contemplados com políticas especificas. Ocorre no Prouni, no Fies, em todas as políticas de valorização”, explicou.

A presidenta falou também o sucesso do leilão do Campo de Libra, primeiro do pré-sal a ser explorado, voltou a defender o programa Mais Médicos e criticou os que olham para economia com pessimismo. Segundo ela, os que comungam dessa tendência acabam instigando um “clima ruim” sobre o futuro do país.

“O Banco Central deu novos números de investimento estrangeiro direto no Brasil. Até novembro, foram US$ 57,5 bilhões. Vamos fechar o ano naquela hierarquia de investimentos. Primeiro, Estados Unidos, depois China, depois Brasil. US$ 57,5 bilhões é algo significativo, e ninguém bota isso onde acha que a situação não rende.Acho que há uma tendência de muita gente, e temo por ela, de olhar sempre o copo meio vazio. Essa tendência ela é complicada, porque uma parte da economia é expectativa. Cada vez que você instiga desconfiança, instiga discussão sem muito sentido, cria clima ruim”, disse.

Reforma  ministerial

Dilma Rousseff afirmou aos jornalistas que realizará uma reforma em seu gabinete entre janeiro e março de 2014 para substituir os ministros que desejam disputar as eleições legislativas e estaduais de outubro. “Vou fazer a reforma ministerial e vai ter um período. Pretendo fazer da segunda metade de janeiro até o Carnaval.”

Vários ministros anunciaram a intenção de candidatar a uma vaga no Senado ou na Câmara dos Deputados e para isso precisam renunciar aos seus cargos seis meses antes das eleições.

Entre os nomes que devem deixar o governo está o do ministro Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, possível candidato a governador de Minas Gerais.

Também deverão deixar o cargo a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, provável candidata ao governo do Paraná; o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, possível candidato ao governo de São Paulo, e o ministro de Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que tentará sua reeleição como deputado.

Além disso, espera-se a renúncia dos ministros da base governista, entre eles o de Cidades, Aguinaldo Ribeiro; Turismo, Gastão Vieira, e Agricultura, Antonio Andrade.

Dilma aproveitou o encontro com jornalistas para desmentir os rumores sobre uma possível saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticado por membros da própria base do governo. “Ele está perfeitamente no lugar onde ele está”

 

 

Com informações do Blog do Planalto e da EFE