em nova york

Dilma anuncia meta para redução de emissão de gases com uso de energia renovável

Presidenta diz que as metas do Brasil para redução das emissões de gases estufa são de 37% até 2025 e 43% até 2030, percentuais que tomam como base os registros de 2005

roberto stuckert filho/pr

Presidenta Dilma, na Plenária da Conferência da ONU para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (27), na Conferência da ONU para a Agenda de Desenvolvimento Pós 2015, em Nova York, que as metas do Brasil para redução das emissões de gases estufa são de 37% até 2025 e 43% até 2030, percentuais que tomam como base os registros de 2005. O compromisso será levado à Conferência do Clima, em Paris. Dilma afirmou que o país tem feito um grande esforço para reduzir as emissões sem comprometer o desenvolvimento.

“A Conferência de Paris é oportunidade única para construirmos uma resposta comum ao desafio global da mudança do clima. O Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento a assumir uma meta absoluta de redução de emissões”, disse a presidenta.

A presidenta citou ainda o que chamou de objetivos ambiciosos para o setor energético, com destaque para a garantia de 45% de fontes renováveis no total da matriz energética. No mundo, a média, segundo ela, é de 13%. Os demais anúncios feitos por Dilma incluem a participação de 66% de fonte hídrica na geração de eletricidade; a participação de 23% de fontes renováveis, eólica, solar e biomassa na geração de energia elétrica; o aumento de cerca de 10% na eficiência elétrica; e a participação de 16% de etanol carburante e demais fontes derivadas da cana-de-açúcar no total da matriz energética.

“Esta agenda exige a solidariedade global, a determinação de cada um de nós e o compromisso com o enfrentamento da mudança do clima”, disse. Segundo Dilma, para chegar à meta, o Brasil investirá no uso de energias renováveis, como eólica, solar e biocombustíveis, e aumentará o controle sobre o desmatamento na região da Amazônia.

“Reduzimos em 82% o desmatamento na Amazônia. Podem ficar certos que a ambição continuará a pautar nossas ações. Nossas obrigações devem ser ambiciosas, de forma coerente com o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, disse a presidenta.

“As adaptações necessárias frente a mudança do clima estão sendo acompanhadas por transformações importantes nas áreas de uso da terra e florestas, agropecuária, energia, padrões de produção e consumo”, disse. “O Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento a assumir uma meta absoluta de redução de emissões. Temos uma das maiores populações e PIB do mundo e nossas metas são tão ou mais ambiciosas que aquelas dos países desenvolvidos”, completou.

Com informações do Blog do Planalto