Brasília – O chanceler Luiz Alberto Figueiredo e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, representarão o Brasil na última fase da Conferência sobre Mudança Climática da ONU (COP19), segundo comunicado da Chancelaria. Eles estarão a partir de quinta-feira no evento que está sendo realizada em Varsóvia desde o dia 11 passado,com objetivo de pactuar um roteiro que leve a um acordo definitivo para a redução das emissões de gases poluentes.

Nas primeiras fases das discussões em Varsóvia, o governo Dilma Rousseff esteve representado pelo chefe negociador da Chancelaria para assuntos ambientais, José Antonio Marcondes de Carvalho.

Segundo fontes oficiais, o Brasil proporá à conferência a adoção de um método global para a determinar a “responsabilidade histórica” de cada país com a degradação do meio ambiente.

A proposta sugere que a metodologia e a gestão dessa medição sejam encarregadas ao Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês).

Segundo disse Marcondes antes de viajar para a Polônia, é necessário “estabelecer as responsabilidades históricas” pelo aumento da temperatura global, um fenômeno que “ocorre desde o início da Revolução Industrial”, a fins do século 18.

Sobre as negociações para um acordo global para 2015, o diplomata brasileiro disse que serão complexas, “porque incidirão nas práticas de consumo da sociedade e dos setores produtivos”.

Outra proposta que o Brasil apresentará na COP19 coloca que cada país faça uma consulta com seus cidadãos sobre as possíveis formas de reduzir as emissões de gases poluentes.

“O objetivo seria dar legitimidade e apoio de toda a sociedade às metas que sejam assumidas” e aos métodos adotados para conseguir limitar as emissões nocivas, declarou Marcondes.