São Paulo – Representantes de três centrais sindicais se reúnem hoje (14) com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para discutir a Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos. A ideia é tentar impedir que as mudanças, que preveem a concessão dos terminais, precarizem o trabalho dos portuários e causem concorrência desleal com os portos que permanecerão sob administração pública.  

Participaram representantes da CUT, da CTB e da Força Sindical. Na próxima semana, os dirigentes se reúnem novamente entre terça e quinta-feira, em Brasília, para articular novas mobilizações contra a MP. No último dia, será votada uma greve geral.

“Antes de paralisar as atividades estão previstos atos de manifestação para tentar sensibilizar as autoridades a reabrir o debate sobre a MP dos Portos. Diversos sindicatos portuários de todo o país já declararam estado de greve”, afirmoa o presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Guterra, também secretário-adjunto de Saúde da CUT.

As centrais questionam a transparência na elaboração da MP, o enfraquecimento da legislação de proteção aos portuários e a liberação para que terminais privados movimentem cargas de terceiros, o que pode enfraquecer o porto público, provocar concorrência desleal e precarizar o trabalho, de acordo com Guterra.