Caciques do PSDB pautam mudanças na campanha de Serra

Seguindo o pedido de Aécio de postura mais firme da campanha, Serra muda para tentar “virar” cenário eleitoral desfavorável (Foto: Marcos Brandão/Divulgação) São Paulo – Dois nomes fortes do PSDB […]

Seguindo o pedido de Aécio de postura mais firme da campanha, Serra muda para tentar “virar” cenário eleitoral desfavorável (Foto: Marcos Brandão/Divulgação)

São Paulo – Dois nomes fortes do PSDB cobraram mudanças na campanha do presidenciável José Serra (PSDB). Atrás nas pesquisas de intenção de votos, o tucano promove alterações de rumo, o que motivou a mudança de slogan na campanha da internet – “É hora da virada – que estreiou na noite de domingo (29).

O ex-governador de Minas Gerais e candidato a senador, Aécio Neves subiu o tom das críticas e cobrou uma postura mais firme da equipe de marketing tucano. Aécio aproveitou a deixa para lembrar que no Estado o candidato dele ao governo, Antonio Anastasia, já virou sobre o pemedebista, Hélio Costa. Estado que tem mais de 14 milhões de eleitores e é o segundo maior do país.

Outro que manifestou críticas à linha adotada pela campanha de Serra foi o ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso. Em palestra em São Paulo, na segunda-feira (30), ele criticou o fato de o candidato ter aparecido na propaganda gratuita de TV ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de encabeçar a principal chapa de oposição. Ele disse que, ao aparecer ao lado de Lula na campanha, Serra não teria nenhuma moral para criticar se outro candidato também posasse ao lado do presidente.

Fernando Henrique Cardoso também lembrou que “Serra não é Zé. Serra é Serra mesmo”. A referência foi à primeira versão do jingle de campanha que pedia, “depois do Lula da Silva, é o Zé que quero lá”. O ex-presidente foi bastante ácido em relação à estratégia de marketing usada.

Segundo o blog de Guilherme Barros, a sensação dos que assistiram aos comentários do ex-presidente é de que FHC não nutre mais esperança de uma reação do seu candidato, apesar de não ter dito isto em nenhum momento. Outro ponto de que tratou FHC foi com relação a possível vitória de Dilma Rousseff (PT). Em momento nenhum ele se mostrou pessimista com o futuro político do País, no caso de se confirmar a vitória de Dilma.